
É notório que casos como de ansiedade e depressão ficaram mais evidentes nessa fase complexa que estamos vivendo. Uma pesquisa recente do instituto Ipsos – empresa de pesquisa e de inteligência de mercado no mundo – revelou dados alarmantes em relação à saúde mental dos brasileiros.
A pesquisa foi realizada em parceira com o Fórum Econômico Mundial, envolvendo 30 países, na qual evidenciou que o Brasil é o quinto país onde os entrevistados mais sentiram piora na saúde mental nos últimos meses; 53% dos entrevistados afirmaram que a saúde mental piorou a partir de março do ano passado.
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A quantidade absurda de notícias sobre mortes pela Covid-19 e o fato de não poder sair de casa foram alguns dos fatores que contribuíram para a piora no quadro mental de milhões de brasileiros. Mas é importante frisar que os transtornos mentais não acontecem “do nada”. Pelo contrário, eles tendem a surgir de forma gradual, desde cedo, por isso a importância de ter um olhar mais atento para a infância e a adolescência.
Segundo a psiquiatra de crianças e adolescentes Gabriela Crenzel, alguns sinais que podem indicar problema de saúde mental são: mudanças de humor e comportamento, alterações de apetite, no padrão de sono, irritabilidade, redução do rendimento escolar, desinteresse em atividades habituais, de lazer e isolamento.
O médico psiquiatra Gustavo Estanislau, especialista em psiquiatria da infância e da adolescência, alerta para outros sinais que evidenciam que a saúde mental da criança não está boa. Ele reitera que crianças e adolescentes que vêm desenvolvendo um transtorno mental apresentam emoções, pensamentos e comportamentos que geram algum tipo de sofrimento contínuo. Entre as consequências disso, está a dificuldade de interação social, seja por falta de motivação, seja por não conseguir gerenciar as emoções que são necessárias para que isso aconteça.
Dessa forma, é importante ficar ciente desses sinais. Detectar transtornos mentais na infância e na adolescência é fundamental, pois, nesse momento, eles tendem a ser mais leves e menos frequentes, permitindo cuidados que serão de mais baixa complexidade e com chances altas de obtenção de cura.
Por: João Baptista Favero Marques