Sepultamento de vítimas da Covid-19 não tem ala específica no cemitério, como muitos pensam

Alegrete já registra 14 óbitos pela Covid-19. Além dos sepultamentos pelos casos positivos confirmados, também, ocorreram até o momento sete casos de óbitos com a suspeita. Neste período de pandemia muitas adaptações foram realizadas, dentre elas a despedida do ente querido que estava com a Covid-19 ou a suspeita do vírus.  Os rituais da despedida que antes eram de horas, com número considerável de pessoas para receber o carinho e o consolo, agora se resume em minutos diante do sepultamento que é realizado de forma direta. Pouco tempo depois da morte.

 

Especificamente em relação aos casos que o resultado do exame é negativo após o sepultamento,  a reportagem falou com o diretor do Cemitério,  Carlos Romeiro.  Ele falou que não há um local específico para os óbitos da Covid-19. Porém uma área que é próxima ao portão lateral tem sido a mais usada. Entretanto, nada impede que as famílias que já possuem jazigo façam o sepultamento de seus entes queridos nestes locais. Em relação aos cuidados e prevenção, Romeiro destacou que todos os funcionários usam EPIs. As luvas e máscaras são descartáveis e a roupa higienizada. Todavia, ele pondera que o caixão é lacrado e o risco seria se os profissionais que tivessem contato com o corpo tocassem no caixão. ” Todo o cuidado é  preventivo. Porém, de qualquer forma, depois que ocorre o sepultamento, a retirada dos ossos ocorrerá depois de cinco anos. No caso dos falecidos com suspeita e o resultado for negativo, serão retirados como os demais. Já para os positivados da Covid-19, ainda terá que sr criado um protocolo para saber qual será o procedimento ” – explicou.

A não realização dos velórios se deve aos protocolos da OMS, mas em alguns locais como em Teresina, Piauí  por exemplo, os enterros de vítimas da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, seguem normas da Vigilância Sanitária, que permite a participação de apenas até 10 pessoas, desde que não sejam idosos, crianças ou pessoas com doenças crônicas.

Durante a cerimônia é exigido que as pessoas presentes permaneçam em uma distância de, no mínimo, dois metros. O caixão deve estar lacrado durante o velório.