Suicídio: a incidência de tentativas é alta em Alegrete

Setembro Amarelo é o mês dedicação à prevenção do suicídio.

Caminhada encerra programação do Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio
Caminhada encerra programação do Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio


Trata-se de uma campanha, que visa conscientizar as pessoas sobre suicídio, bem como evitar que ele aconteça. Em Alegrete, neste ano, a incidência de casos relacionados a problemas emocionais, incluindo depressão, ansiedade e dependências químicas gerou uma grande incidência de tentativas contra a vida.

O Samu Mental, tem atendido, nos últimos meses cerca de três ocorrências diárias relacionadas ao assunto. Muitas pessoas foram resgatadas, principalmente na Ponte Borges de Medeiros e cinco consumaram o ato de tirar a própria vida.

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No Brasil, o “Setembro Amarelo” é promovido pelo CVV, da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina. Centro de Valorização da Vida.

Apesar de ser cercado de preconceitos e tabus, o suicídio pode ser prevenido quando há a correta abordagem das pessoas e estratégias em saúde pública. Aqui, no Município, além da rede de saúde que contempla o CAPS AD, CAPSI, CAPS entre outras ações, também há Centro de Valorização da Vida (CVV), que através do Núcleo de Apoio à Vida de Alegrete( NAVIALE) atende pelo número 188

“A vida é a melhor escolha” essa é a campanha do Setembro Amarelo neste ano de 2022.

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina realizam a campanha a fim de reduzir os números de casos no país.

De acordo com o psicólogo Felipe Andrade, quando a situação chega ao ponto de um suicídio, não significa que ela está querendo acabar com a própria vida, mas sim se livrar dessa angústia e dor que carrega durante todo o tempo sozinha. O profissional, afirma que em razão disso, é importante o acolhimento das pessoas próximas, e que estejam atentas aos sinais de mudança que escapam quando a pessoa não está bem.

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“Quando a situação chega a esse nível é sinal que a pessoa chegou a um nível insuportável de angústia e dor, em muitos casos só chegou a esse nível porque a pessoa não conseguiu se aliviar aos poucos dessa angústia ao longo do tempo, não encontrou apoio ou não conseguiu se expressar com ninguém sobre o que está passando”, destaca o especialista.

Andrade conta que é possível observar sinais no comportamento da pessoa, como: Alteração do humor com frequência, pensamentos desesperança começam a ocupar a fala, melhoras e recaídas súbitas, comportamento de desapego com seus pertences, comportamentos irresponsáveis e perigosos (como o uso excessivo de álcool e drogas) e mudança na rotina.

A reportagem do PAT entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Município, para saber se terá alguma programação especial em decorrência do tema, porém, até o momento, nenhuma ação havia sido informada.

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