Tamanduá-mirim visita família no interior, no Capivari

A manhã de Natal na localidade do Capivari, situada a cerca de 12 km do centro de Alegrete, reservou uma surpresa singular para a família de Conceição Nunes. Uma visita inesperada de um tamanduá-mirim deixou a família curiosa com a presença do animal.

Conceição Nunes relata que ele “entrou aqui no pátio e queria “invadir” a casa.” Entretanto, sem sucesso, o pequeno mamífero não representou ameaças. Sem oferecer riscos, o tamanduá-mirim seguiu seu caminho, deixando membros da família encantados com a “visita”. Essa foi a primeira vez que Conceição teve o privilégio de se deparar com uma presença tão incomum em seu entorno.

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O tamanduá-mirim, espécie menor se comparada ao imponente Tamanduá-bandeira, apresenta aproximadamente 60 cm de comprimento de corpo e uma cauda flexível de 35 cm, coberta por pelos curtos. Com um distintivo colete escuro, quase preto, contrastando com a tonalidade amarelada do restante do corpo, a espécie possui quatro dedos nas mãos e cinco nos pés.

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Originária da América Central até o norte da Argentina, essa curiosa criatura é encontrada em quase todo o território brasileiro. Seu habitat inclui florestas e formações abertas, enquanto seus hábitos são predominantemente noturnos, embora possam ser observados em atividade durante o dia. Nos períodos de inatividade, descansam em ocos de árvores ou tocas de tatu e paca, além de se aventurarem por entre árvores ou farejarem ramadas em busca de ovos de aves.

Quanto à sua alimentação, o tamanduá-mirim é geralmente carnívoro mirmecófago, consumindo principalmente formigas, cupins e larvas desses insetos. No entanto, sua dieta diversificada inclui minhocas, abelhas, mel e ovos de aves.

Curiosamente, um outro episódio recente envolvendo tamanduás ocorreu na última semana. Uma espécie de tamanduá-bandeira, considerada extinta há 130 anos, foi avistada no Parque Estadual do Espinilho, em Barra do Quaraí, no Rio Grande do Sul. As imagens desse flagrante raro foram capturadas por uma armadilha fotográfica instalada por ambientalistas no local.

O biólogo Fábio Mazim, responsável pelo registro, acredita que esse avistamento pode ser resultado do trabalho de reintrodução realizado na Argentina, em Esteros del Iberá, pela Fundação Rewilding. “Esses animais estão adentrando o Rio Grande do Sul. No Uruguai, o tamanduá também já tinha sido extinto no mesmo período em que isso aconteceu aqui no Pampa brasileiro”, explicou Mazim, ressaltando a importância do registro desses raros acontecimentos na fauna regional.

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Marcos Prates Salbego

Tenho registro de um tamanduá-mirim aqui no bairro Progresso na madrugada do dia 21/12

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Marcos Fernandes

Com o declínio dos habitats naturais cada vez mais os animais silvestres adentram em áreas urbanas desorientados o meu projeto realiza um trabalho voluntário de resgate de animais silvestre em áreas urbanas. #EducaçãoAmbiental

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