Uma manifestação pacífica e organizada tomou as ruas de Alegrete nesta tarde(28), em um clamor por justiça e homenagem ao jovem Murilo Martins. Centenas de pessoas, incluindo motociclistas, motoristas e ciclistas, participaram da carreata que culminou em uma oração coletiva e um pedido de justiça em razão da trágica morte de Murilo. O jovem teve seus sonhos interrompidos no cruzamento das ruas Marques do Alegrete e Rua dos Andradas, no Centro, na noite do dia 20 de julho.
Murilo pilotava sua moto Honda quando foi atingido por um caminhão que avançou a preferencial. O motorista, funcionário de uma empresa de Passo Fundo, recusou-se a realizar o teste do etilômetro e foi encaminhado à Delegacia de Polícia. A ocorrência foi registrada como lesão corporal grave. A Delegada Fernanda Mendonça, responsável pela 1ª Delegacia de Polícia, informou que, conforme decisão da Assembleia Geral da Associação dos Delegados de Polícia do RS (ASDEP), não serão divulgadas informações sobre as investigações à imprensa no momento.
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A manifestação teve início na Avenida Inácio Campos de Menezes, também conhecida como Avenida do Samba, na Zona Leste de Alegrete, e percorreu algumas das principais ruas centrais do município. A carreata contou com motociclistas, integrantes de grupos de carros rebaixados, veículos com som automotivo, ciclistas, além de amigos, familiares, colegas de trabalho e conhecidos de Murilo. Todo o trajeto foi acompanhado pela Guarda Municipal, que auxiliou no trânsito. O evento ocorreu de forma ordeira e tranquila, atingindo o objetivo de pedir justiça e demonstrar que o que aconteceu com Murilo não pode ficar impune, segundo destacaram muitos amigos do jovem.
Os pais e a namorada de Murilo participaram da manifestação no carro dele. Murilo, filho único, tinha muitos planos e era descrito como um exemplo de filho, trabalhador e amigo leal. “Um guri que estava sempre trabalhando, não tinha tempo ruim. Era amado por todos”, descreveram alguns amigos.
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Na Praça General Osório, no cruzamento onde ocorreu o acidente, os manifestantes se reuniram de mãos dadas para realizar as orações do Pai Nosso, Ave Maria e uma oração de Santo Agostinho – A morte não é nada. Em seguida, fizeram um pedido de justiça e observaram um minuto de silêncio. Muitos amigos não conseguiram conter as lágrimas. A carreata contou também com muitos cartazes nos veículos, balões e mais de cem pessoas usando camisetas com a foto de Murilo e pedidos de justiça.
O jovem era conhecido por sua paixão por motos, carros rebaixados e sons automotivos. Ele integrava os grupos Domingrau na Pista Race Park e ArtCar, sendo reconhecido por sua habilidade em manobras com bikes e motos. Ele era lembrado como uma pessoa humilde, trabalhadora e dedicada, além de um grande amigo e excelente filho.
“O guri era muito educado, estava sempre de bem com a vida. Nunca ouvi Murilo reclamar de nada. Ele tinha muitos sonhos, era um cara que vivia para trabalhar. Não tem como não se emocionar com tanto carinho e amor, de todas as idades, aqueles que já participaram de corridas ou até mesmo os mais jovens, é unânime o afeto por ele”, destacou uma amiga emocionada.
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A manifestação desta tarde não foi apenas um pedido de justiça, mas um lembrete impactante de que a vida de um jovem com tantos sonhos e planos não pode ser interrompida sem consequências. A ação foi em memória de Murilo e em solidariedade à família.