
Existem muitas lendas em torno da Lagoa de águas paradas, a mais interessante é uma que se repete em muitos lugares do Rio Grande do Sul. Contam que em época de seca muito grande, daquelas de rachar o chão da beira dos açudes como pedaços de um quebra-cabeça, que lá no meio da lagoa, aparece uma corrente grossa e enferrujada. Dizem os antigos, que mesmo com muitas juntas de bois, não conseguem retirar dela o que na outra ponta está nas profundas águas da lagoa.
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A lagoa do Parové, a 50km da área urbana da cidade fica à esquerda da BR 290, entre Alegrete e Rosário do Sul, com água salobre. É um lugar de beleza singular que atrai muitos para visitarem o local.
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Dentre as lendas, conta-se que certo dia um índio Charrua vinha com sua esposa quando avistou um belo cavalo bebendo água na lagoa, ele resolveu pegar aquele belo cavalo, era lindo, crinas negras e longas. Foi se achegando ao animal e dizia para sua amada: esse cavalo será teu, um presente que te darei – E riu. E para sua surpresa o animal levantou a cabeça, ficou imóvel, aceitou a aproximação do índio, que colocou as rédeas e num gesto de agilidade montou.

Porém, sem ele esperar, a mansidão do animal cessou e como um potro selvagem, bufando pelas narinas, saiu corcoveando lagoa adentro, levantando maretas, e cavalo e cavaleiro desapareceram para sempre.
A índia charrua desesperada, se atirou na lagoa, gritando pelo seu amor, chorou, chorou muito pela perda do seu amor. A partir daquele momento, as águas da lagoa ficaram amargas e salobre, com o gosto de uma lágrima.
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Então todos passaram a chamar de Lagoa Parové. Quieta, linda, misteriosa, sempre habitada no meio da pampa de campos de Alegrete. Independentes de lendas, a Lagoa é bonita e se destaca na imensidão de campos de planícies do maior município em extensão territorial do RS, com sua fauna e flora tipícas da região.

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FONTES:
Pesquisa do Prof. Beraldo Figueiredo
Fotos: Acervo Digital de Giciéli Barúa, duas fotos do Magro Borin