Uma nova instituição vai atender na Creche Santa Terezinha em Alegrete

Um espaço que serviu de escola e onde o amável som das crianças era rotina há mais de dois anos está fechado.

A Creche Santa Terezinha, no bairro Promorar, hoje é um silêncio e abandono preocupante, visto que locais destinados à educação, mesmo em pandemia, nunca deveriam estar sem alguma utilidade.

O problema, de acordo com Luciano Leães, gestor voluntário de parcerias, é que o passivo trabalhista de cerca de 700 mil reais não permitiu mais renovar os convênios de repasse de recursos. A instituição está em fase de extinção e um novo projeto está sendo montado para ocupar o prédio.

O espaço é grande e ali, uma das alternativas seria instalar projetos sociais para beneficiar famílias daquela comunidade. Mas  com o prédio fechado as instalações estavam com problemas e um grupo de voluntários se mobilizou e conseguiu materiais junto a comunidade e empresas e está  fazendo a manutenção no local, para depois poder reabrir o espaço.

O prédio fechado estava com problemas e um grupo de voluntários se mobilizou e conseguiu ajuda da comunidade e empresa para arrumar as salas, para só depois poder reabrir.

Ele informou que o complexo está em fase de legalização por uma nova instituição, a Sociedade Alegretense de Apoio a Infância e Adolescência e já foi cadastrada no Conselho de Assistência, conforme Leães. O foco principal será no berçário, adiantou.

Leães lembrou, ainda, o grande número de famílias em vulnerabilidade, naquele território de Alegrete, é que o espaço quando atendia abrigava crianças até do Bairro Saint Pastous.

A ex Secretaria de Educação, Márcia Dorneles, que antes da Creche fechar mantinha as tratativas com os repasses de verbas da Prefeitura que ajudavam a manter o local comentou que o espaço é enorme e abrigaria umas 400 crianças. Ela também acredita que projetos sociais e cursos seriam uma boa alternativa para voltar a reocupar aquele espaço.

Naquela região da cidade existem nove bairros e uma EMEI, a Arnaldo da Costa Paz no bairro Getúlio Vargas, um pouco distante de onde está a Creche Santa Terezinha.

Vera Soares Pedroso