
Aventura foi o que levou cinco ciclistas saírem de Uruguaiana pedalando e chegar em Alegrete. Talvez você se pergunte. Tranquilo, trecho plano, só asfalto. Grande engano, o quinteto fez 204 km, com 1030 de elevação, num total de 13 horas de pedal.
Detalhe, o trajeto foi 95% em estrada de chão. Segundo, um dos idealizadores da jornada, a aventura já havia sido planejada há tempos. Os ciclistas Ismael Reis, Gilberto Pontes, Edison Batista, Tatiane Beheregaray e Claudio Moncilha completaram a aventura com alguns percalços.
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A saída de Uruguaiana foi por volta das 6h30min, do sábado, dia 26 de setembro. Eles adentraram no brete da Charqueada e chegaram no Plano Alto, ali o primeiro ponto que desafiou os aventureiros.
Com chuva e vento contra, eles continuaram em direção à localidade denominada Chapadão até o Passo de Ipané, que faz a divisa entre Uruguaiana e Alegrete.
Na Ponte do Ipané, cruzaram para o Passo do Silvestre, fizeram ali a 2° parada. O pit-stop foi especial. Um almoço na casa dos padrinhos da única mulher do grupo. A saída pela estrada do Silvestre, levou o grupo até a balsa, que faz divisa entre Alegrete e Itaqui.
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A 3° e última parada, antes de pegar rumo a 3ª Capital Farroupilha. Um viração do tempo, acabou dificultando o objetivo dos ciclistas chegarem por volta das 18 h, em Alegrete como planejaram.
“Pegamos um vento de frente constante todo tempo, com isso fomos obrigados a fazer mais paradas para se hidratar e cuidar da alimentação”, explica Moncilha.
A turma passou por dificuldades e a viagem atrasou. Uma parada no local chamado “Mata-olho”, e muito vento contra até chegar na cidade.
Já era noite, passado das 21hs, quando a turma do Grupo Baita Chão, aguardava a turma com um suculento churrasco. Na chegada, o grupo perdeu contato com os alegretenses, devido os celulares estarem descarregados. Uma reposição alimentar urgente foi feita num carro-lanche da Praça Nova, local onde os ciclistas de Alegrete encontraram o grupo.
Depois de reporem as energias e colocarem o papo em dia, a turma descansou. Três optaram por um hotel e outros dois foram recepcionados na casa de um parente.
O clima não colaborou. A chuva durante a madrugada e a previsão para o domingo, frustou a ideia dos ciclistas retornarem pedalando. O grupo voltou em dois carros no final do dia 27 de setembro.
A aventura da turma promete ter parte II, mas será a vez dos ciclistas de Alegrete pegarem a estrada e serem recepcionados pelos guerreiros uruguaianenses.
Júlio Cesar Santos Fotos: reprodução