Vai a júri acusado de assassinar a tiros assessor dentro de secretaria em Jaguari

Decisão da Justiça foi tomada quarta-feira (5). Leones Albaces Oliveira Dal Osto matou a tiros Gustavo Medeiros em abril deste ano.

O Foro da Comarca de Jaguari, na Região Central do Rio Grande do Sul, sentenciou Leones Albaces Oliveira Dal Osto a julgamento pelo Tribunal do Júri. Ele é acusado de ter ferido a tiros Gustavo Medeiros, na época com 28 anos, dentro da Secretaria de Turismo da prefeitura da cidade em 20 de abril deste ano. Medeiros, servidor público que trabalhava como assessor, morreu um dia depois. A decisão é de quarta-feira (5). O júri ainda não tem data para ocorrer.

O advogado que defende Dal Osto, Daniel Tonetto, disse que deve recorrer em segunda instância da decisão.

“Respeito a decisão, mas, logicamente, não concordo com a mesma e iremos recorrer ao Tribunal de Justiça”, afirma.

Conforme denúncia feita pelo Ministério Público (MP) à Justiça, Dal Osto invadiu a Secretaria Municipal de Turismo de Jaguari e ameaçou Medeiros. Em seguida, atirou com uma arma de fogo contra ele e fugiu. Dois servidores da pasta testemunharam o crime.

A investigação da Polícia Civil apontou que o motivo para o crime teria sido o descontentamento de Dal Osto com a venda de um imóvel que foi feita pela imobiliária em que Medeiros trabalhava. Era uma casa que também estava anunciada na imobiliária de propriedade de Dal Osto.

Gustavo Medeiros, 28 anos, foi assassinado dentro da Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto de Jaguari — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Gustavo Medeiros, 28 anos, foi assassinado dentro da Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto de Jaguari — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Dal Osto é acusado de “homicídio qualificado por motivo torpe (ganância) com emprego de meio que possa resultar perigo comum (tiros dentro de um órgão público) e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima (ataque surpresa)”.

O réu está preso preventivamente desde o dia 22 de abril no 19º Grupo de Artilharia de Campanha do Exército Brasileiro, em Santiago, também no Centro do estado, por ser militar reformado. Em depoimento, ele confessou ter atirado quatro vezes contra Medeiros. Ele disse que sua intenção não era matá-lo, mas que “queria se defender e agiu para sua defesa”.

“O que ocorreu foi uma fatalidade”, diz o depoimento transcrito.

Ele teria dito que se sentia ameaçado, humilhado e em pânico.

Fonte: G1

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