Vereador acusado de comportamento homofóbico rechaça as denúncias

Uma controvérsia envolvendo um ex-assistente de gabinete e um vereador de Alegrete, repercutiu em grupos de Whatsapp e redes sociais neste feriado de 12 de outubro

A denúncia a partir de um Boletim de Ocorrência, de que o Vereador Fábio Perez(Bocão), teria cometido um crime de homofobia contra um, agora, ex-assistente parlamentar, que solicitou não ter o nome divulgado, reverberou nas redes sociais, na tarde desta quarta-feira(12).

Além desta acusação, no registro feito, o ex- servidor pondera que teria pago alguns valores em decorrência de compras em mercado, lanches e recargas, assim como, atuado na condição de “transporte alternativo”, entretanto, não teria sido ressarcido.

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O jovem afirma que está passando por situações constrangedoras e enfrenta problemas de saúde com acompanhamento psicológico. Ele informou ao PAT que em dois anos são mais de dez assessores que passaram pelo gabinete e salienta que sente-se difamado pelas lives que o vereador teria realizado, falando sobre o assunto. “Eu solicitei minha saída pelas inúmeras vezes em que fui ameaçado de ser exonerado. A gota d’água foi no último final de semana que eu estava de atestado, recebi uma ligação para ir fazer compras no supermercado e colocar no meu cartão que depois ele iria ver como sanar o débito. Quando disse que não tinha condições, fui muito ofendido”- comenta.

O ex- assistente estaria trabalhando há cerca de seis meses com o Vereador Fábio Peres do Partido Verde.

O que diz vereador:

Em contato com o legislador, ele se disse muito abalado diante das inverdades, acrescentou que, no momento da contratação do jovem já tinha conhecimento da opção sexual dele e isso jamais teria sido problema. Pondera que uma das orientações sempre foi para que a fala não fosse em tom alto, dentro do gabinete. Com relação aos valores que teria solicitado ao ex-assessor, confirmou ter feito, contudo, que o teria ressarcido, sem exigir comprovantes e o débito atual é de apenas quatro cachorros-quentes.

O vereador falou que seria um atestado de ignorância ter qualquer atitude homofóbica e que não aceita o que está sendo colocado, por essa razão, também realizou um registro na Delegacia de Polícia por queixa caluniosa. “Eu vou cobrar trabalho, é o mínimo que posso fazer com o salário que um assessor recebe. Além disso, ele já estava em tratamento psicológico antes de iniciar o trabalho no meu gabinete”- considerou.

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Para encerrar, comentou que está revoltado diante das ofensas recebidas, chegou a postar que teria renunciado ao cargo, porém, isso não foi oficialmente realizado, portanto, não é uma decisão definitiva.

“Não tenho as mãos presas, sou o vereador mais votado e isso incomoda muitas pessoas que desejam me derrubar”.

Já o Presidente da Câmara Municipal de Alegrete, Anilton Oliveira, declarou que a Casa recebeu uma denúncia por meio do Sistema SoftCam(Sistema Processual interno, eletrônico e de acesso dos vereadores e servidores), e cabe à Câmara cumprir os regramentos lá existentes para a apuração dos fatos. Sendo assim, passa pelos trâmites da Comissão de Ética e Disciplina.

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