A dura realidade dos clubes sociais fechados há mais de um ano na pandemia

Sem receitas precisam aguardar a liberação para eventos.

Clube Juvnetude
Clube Juventude de Alegrete

Um setor que não voltou às atividades desde que iniciou a pandemia, em março de 2020, foi dos eventos e dos clubes sociais.

Um dos mais tradicionais de Alegrete, o Clube Juventude, é um dos locais que sofrem na pandemia, porque durante todos esse tempo está fechado, sem nenhum tipo de atividade.

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Pedro Andrighi, que preside o Clube, comenta das dificuldades e como está a sede na Rua Venâncio Aires. -Assim que iniciou a pandemia em março de 2020 fechamos o Juventude em respeito aos Decretos. E desde então se mantém assim. Ele diz que sem nenhuma receita tiveram que deixar cortar água e luz. O problema também é a servidora da Secretaria que está sem receber do Clube e só ganha a parte do governo.

Clube Juventude de Alegrete
Clube Juventude de Alegrete

Andrighi comenta que, às vezes, vão lá e abrem o salão. Ele aguarda, já que temos bastantes pessoas vacinadas, que a pandeia diminua e as coisas possam voltar ao normal nesta área, porque os prejuízos são grandes. Lembra que o salão sempre estava alugado para festas nos fins de semana, alternado com bailes-shows.

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Informou ainda que já houve, agora recentemente, pessoas querendo locar o salão dos fundos e o principal para retorno de atividades, mas por enquanto não avançou. E ainda por estar fechado, pessoas pulam as grades e muro para dormir no corredor ou usar drogas.

Outro clube social que se mantém fechado há mais de um ano e quatro meses é o Caixeiral. José Airam Bailard Vasconcelos, que preside o clube, diz que os custos fixos mensais somam em torno de 7.500,00. Destes, alguns não estão sendo quitados por falta de receita . – Pagamos somente os de primeira necessidade, tal como salário de um funcionário (meio expediente), água, luz, telefone, material de limpeza, pequenos reparos e parcela de uma indenização trabalhista.

Clube Caixeiral de Alegrete
Clube Caixeiral de Alegrete

O clube mantém atualmente menos de 30 sócios contribuintes. A mensalidade é R$ 15,00 e contudo, não estão pagando. 99 % dos associados passaram para a categoria remido. Sem cobrança de mensalidade.

Ele diz que com renda fixa modesta, em relação a despesa, que é o aluguel para o Posto do Banrisul, tivemos que ampliar também para outros segmentos: posto de atendimento da RGE e um Brechó de grupo Filantrópico. Mesmo assim diz José Airan toda essa renda chega próximo a 50 % da despesa mensal do clube.

– O que mais preocupa o nosso clube é a taxa mensal de lixo cobrada pela Prefeitura, que está em torno de R$ 1.200,00, digamos: impagável mesmo porque não tem festas que gerem tanto lixo como antigamente, aliás, isso bem antes da pandemia.

Ele diz que a sede do coirmão em Santa Maria há poucos meses desabou o telhado e foi interditada e colocada a venda. Não queremos o mesmo para o Caixeiral de Alegrete que atualmente tem 89 anos, salientou o presidente.

O Caixeiral é uma história e até uma lenda em nossa cidade. -Não estamos medindo esforços para que ele se mantenha vivo, por muitos e muitos anos, e aquelas festas maravilhosas de carnaval de salão e debutantes praticamente estão em extinção, mas o Clube como entidade social histórica que é, tem que continuar viva.

Afinal outros eventos serão proporcionados pós Pandemia, não só para o quadro de associados, mas também para a comunidade alegretense. Eles pensam em organizar algo que congregue os associados, comunidade e poderes públicos para estancar essa carência de recursos financeiros e manter de pé uma entidade quase centenária que é o nosso Clube Caixeiral de Alegrete.

A reportagem entrou em contato com o Clube Casino, outro que também que está fechado durante todo esse tempo e até a postagem não havia recebido retorno.

Fotos antes da Pandemia

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