A Ômicron é diferente de outras cepas; por isso tanto contágio

Alegrete chega a 304 óbitos em decorrência da Covid-19, desde o início da pandemia há mais de dois anos, em um período de alta contaminação.

Covid-19
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Um dos fatores diferentes deste estágio em que o Município, novamente, passa por uma exaustão na rede saúde, pois, além do número expressivo de pacientes, os profissionais também estão positivando numa escala muito maior que a onda que ocorreu no ano passado, mesmo nos períodos de colapso na rede de saúde. O número de profissionais da área da saúde infectados era muito menor, além disso, o contágio está atingindo desde bebês de um mês de idade a idosos de 100 anos como foi divulgado no Boletim Epidemiológico de ontem(24).

Pessoas com covid-19 causada pela nova variante costumam manifestar sintomas três dias após infecção, antes do registrado em outras cepas.

 O menor tempo para aparecimento de sintomas em pessoas com covid-19 vem chamando a atenção de especialistas nesta nova onda que surge após o Natal e o Ano-Novo, motivada pela Ômicron e pelas festas de fim de ano. Sequer passou uma semana do Réveillon e o Rio Grande do Sul já vivia explosão de novos casos.

Não há estudos conclusivos, mas relatos em revistas científicas, dados epidemiológicos e testemunhos de especialistas apontam que, ao contrário de outras variantes, a Ômicron manifesta sintomas mais cedo, portanto, infectados poderiam transmitir covid-19 antes. Tudo parece estar relacionado à maior carga viral da variante.

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Com a Gama, eram necessários entre cinco e seis dias após o contato com caso positivo para os primeiros sintomas, podendo chegar a até 14 dias pós-infecção, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com a Delta, eram precisos quatro dias, de acordo com estudo realizado na França. Já a Ômicron provoca alterações corporais em geral no terceiro dia após infecção, podendo variar entre dois e cinco dias depois, segundo estudo realizado na Noruega. Com a mudança de sintomas, o tempo de transmissão também pode ter sido alterado. 

Orientações mais recentes do Centro de Controle e Prevenção e Doenças (CDC), dos Estados Unidos, apontam que a transmissão da Ômicron pode ocorrer a partir de 48 horas antes dos primeiros sintomas e chegar ao ápice até 72 horas após o início dos sintomas, podendo se estender por mais cinco dias até totalizar 10 dias de transmissão após a infecção. Anteriormente, a transmissão costumava começar apenas no dia anterior ou no dia de aparecimento dos sintomas.

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Na prática, se uma pessoa pegar covid-19 hoje, amanhã à noite já poderá estar transmitindo, resume o virologista Fernando Spilki, professor da Universidade Feevale e coordenador da Rede Corona-Ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O CDC, dos Estados Unidos, recomenda cinco dias de isolamento e mais cinco dias de uso de máscaras ao ar livre, totalizando 10 dias de cuidados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 14 dias de afastamento. 

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Marta

Que a “vacina” o experimento foi para o vírus que “escapou” de Wuhan e não para a variante dele…por isso tantas pessoas contaminados.