Alunos de Direito da URCAMP pesquisam sobre golpes digitais na pandemia

Clonagem de Whats App, invasões de redes sociais, propagandas duvidosas estão entre os mais comuns na pandemia

Alunos do segundo semestre do curso de Direito da URCAMP realizaram uma pesquisa sobre o aumento de crimes envolvendo as redes sociais e telefones celulares.

Sob a orientação da professora Maira Marques, a pesquisa consiste em verificar os casos de crimes digitais e o aumento dos mesmos durante a pandemia.

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-Pudemos verificar, inclusive em matérias veiculadas no Alegrete Tudo, que acontecem muitos casos no município. Como produto da pesquisa, desenvolvemos um artigo que explora os golpes mais recorrentes e as formas de proteção.

O acadêmico Leonardo Scremin da Luz, do, 2º semestre, diz que o projeto é a respeito do aumento da incidência desses crimes no contexto da pandemia. Como conclusão do trabalho, desenvolveram uma pesquisa que coletou dados dos habitantes locais e usaram os resultados para elaborar o informativo. A pesquisa foi através do Google Forms

Dentre os crimes mais comuns estão:

Curso de Direito pesquisa sobre crimes digitais
Curso de Direito pesquisa sobre crimes digitais

Você já foi vítima de algum golpe digital? Saiba como proteger-se

Em tempos de pandemia, quando a comunicação virtual cresceu sobremaneira, esse tipo de crime aumentou significativamente, afetando os “vulneráveis digitais”

Segundo a ABINC, Associação Brasileira de Internet, os crimes digitais cresceram cerca de 500% entre 2018 e 2020 e 116% nos primeiros meses de 2021. O grupo que cursa o 2º semestre do curso de Direito da URCAMP, composto pelos alunos Douglas Grisolfi, Guilherme Teixeira, Leonardo Scremin, Leonardo Wirzbicki e Vinicyus Leiria foi orientado pela Profª. Maira da Silveira Marques, na disciplina de Projeto Integrador, e buscou responder a seguinte pergunta: Quais são os crimes digitais mais comuns e as formas de proteger-se?

De acordo com pesquisa desenvolvida, os golpes no município de Alegrete acontecem com grande frequência e seguem um padrão parecido, voltando-se, principalmente, ao crime de estelionato. As denúncias de golpes ou tentativas de golpes intensificaram-se no ano de 2021, vitimando até mesmo prefeito da cidade, Márcio Amaral, que teve seu WhatsApp clonado (Alegrete Tudo, 2021).

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O grupo mais suscetível a ser vítima de crimes digitais é aquele que compreende a faixa etária de 45 anos ou mais. Reforçando o padrão encontrado em sites de notícias e veículos de informação, o grupo menos visado pelos criminosos digitais é o de adultos de 18 a 30 anos. Apesar da menor incidência de estelionatos bem-sucedidos no grupo supracitado, o público mais novo tende a ser vítima de vazamento de informações sensíveis, como fotos íntimas e logins de redes sociais. Já o grupo de “vulneráveis digitais”, aqueles que não são usuários nativos da tecnologia atual e ainda tentam adaptar-se ao uso da mesma, é acometido, principalmente, pelo crime de estelionato. As variações deste crime são inúmeras:  sites duvidosos com preços abaixo do preço de mercado, clonagem de WhatsApp e mensagens e propostas de agências bancárias ou operadoras de telefonia.

Clonagem de WhatsApp

O criminoso se passa outra pessoa, utilizando um WhatsApp clonado, que usa informações pessoais como nome e foto de perfil de uma pessoa próxima com o objetivo de conseguir vantagens financeiras. No golpe do WhatsApp Clonado, o estelionatário solicita aos contatos mais próximos da pessoa uma transferência de dinheiro ou acesso a informações pessoais. Nessas situações, é recomendado que se faça contato por chamada de voz ou vídeo, a fim de comprovar a identidade da pessoa. É importante que a informação sobre a clonagem do WhatsApp seja difundida entre amigos, familiares e até mesmo grupos de canais de comunicação, diminuindo as chances de haver alguma vítima.

Propostas de agências bancárias ou operadoras de telefonia.

Sendo um exemplo de “phishing”, quando links ou arquivos contaminados são utilizados para conseguir informações daqueles que os acessam, este golpe consiste em enviar, via e-mail ou SMS, mensagens supostamente importantes e, em seguida, inserir um link suspeito. As solicitações normalmente envolvem instituições bancárias, informando agendamento de um PIX ou transferência, operadoras de telefonia, oferecendo descontos ou informando atrasos de pagamento ou, até mesmo, promoções de grandes lojas, com preços abaixo do preço de mercado. O objetivo dos criminosos é direcionar a vítima a endereços eletrônicos que possibilitem o acesso a informações contidas no aparelho, a exemplo de cartões de crédito e senhas bancárias. Nesses casos, a orientação é que se entre em contato diretamente com o gerente de banco ou com a empresa de telefonia, através dos canais tradicionais (aplicativos confiáveis ou telefones) e que não sejam abertos links que não contenham o protocolo “http” ou “https”.

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Invasão de redes sociais e informações íntimas

São os golpes que tem como alvo o público adolescente e adulto. Possuem, como característica, a exigência de um valor em dinheiro para não divulgar ou mesmo devolver o acesso das vítimas a determinado conteúdo. A prática consiste em acessar informações pessoais de outrem, para benefício próprio ou para prejudicar a vítima. A fim de evitar esse tipo de golpe, recomenda-se o uso de senhas fortes, que contenham no mínimo 8 caracteres divididos em maiúsculos e minúsculos, números e símbolos. Além disso, deve-se evitar inserir nas senhas dados como data de nascimento, sobrenome e quaisquer informações de fácil acesso. Ainda, não se deve salvar senhas em blocos de notas ou documentos online ou mesmo utilizar a mesma senha para diversas contas e aplicativos. Ao utilizar serviços de armazenamento em nuvem, é recomendado que fotos e informações íntimas não sejam exportadas para esses domínios

Propagandas duvidosas

Normalmente acontecem quando há uma procura por algum item específico em sites de compras na internet. Os algoritmos dos mecanismos de pesquisa permitem saber quais são os produtos buscados pelos consumidores e, aproveitando-se disso, os criminosos digitais podem levar a vítima ao engano. Ao utilizar de ofertas acima da média, os criminosos ganham a atenção do público-alvo, direcionando-o a um site falso, porém semelhante, onde são solicitadas informações do cartão de crédito para que seja efetuada a compra. Ofertas relâmpago são um bom exemplo da situação. Face a estes casos, é recomendado que seja consultada a avaliação da loja e verificadas informações como CPNJ, telefone, e-mail e política de trocas e devoluções. O consumidor deve sempre optar pelo uso dos aplicativos e sites verificados. Ainda, é útil pesquisar a reputação das lojas no site Reclame Aqui, ferramenta dedicada a avaliar a reputação das empresas.

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