Condenado autor do homicídio qualificado no pedreiro paraibano em Alegrete

Nesta quinta-feira, ocorreu o segundo juri na Comarca de Alegrete, nesta semana.

O Tribunal do Júri da Comarca de Alegrete condenou, na tarde de ontem(3), Iago Duarte da Mota a 12 anos e meio de prisão, em regime fechado, pelo homicídio qualificado em Vicente Pereira de Moraes. O Juiz de Direito Rafael Echevarria Borba, titular da Vara Criminal local, presidiu os trabalhos, que foram realizados de forma presencial, observando os protocolos de segurança necessários para a prevenção à Covid-19.

O crime ocorreu em 19 de março e foi o primeiro homicídio registrado em 2020 na cidade. Vicente era paraibano e morava há anos na cidade, trabalhando como pedreiro. Ele e o réu eram amigos. Vicente foi morto a facadas e o seu corpo encontrado na parte externa da casa dele. Os cerca de 20 golpes desferidos atingiram tórax, cabeça e mão da vítima. O réu confessou o crime aos policiais.

 

Relembre o crime:

O homem acusado de ser o autor do assassinato do paraibano Vicente Pereira de Moraes de 59 anos, trabalhava com ele como servente de pedreiro. O indivíduo de 21 anos era conhecido da vítima.

Na noite de quinta-feira(19), poucas horas depois do crime que chocou familiares e vizinhos, o acusado foi preso em um estabelecimento rural, nos Pinheiros. Com ele foram encontrados e apreendidos o chinelo e as roupas com resquícios de sangue, os quais serão remetidos ao IGP para confronto com material genético da vítima.

Segundo o Delegado Valeriano, o crime impressionou pela violência com que foi cometido, pois a vítima de 59 anos foi atingida com mais de vinte golpes que faca, que perfuraram áreas vitais, vindo a falecer no local. A Perícia para levantamento do local do crime foi acionada de Santana do Livramento e a perícia papiloscópica se deslocou da cidade de Santo Ângelo.

O homem disse que estava embriagado e que teria ingerido drogas, por esse motivo não recordava com clareza o que ocorreu, disse apenas que as facadas foram desferidas na parte externa da casa, onde o pedreiro foi encontrado. Ele teria demonstrado arrependimento e não informou o motivo da discussão e do desentendimento. “Foram muitas facadas” – teria comentado com os policiais.

O pedreiro foi brutalmente assassinado na madrugada de quinta-feira, em sua residência. Ele foi atingido com mais de 20 estocadas de faca no tórax, a região mais atingida. Vicente também teve um corte profundo na mão o que evidencia que ele lutou para se defender. Além de indícios que, mesmo depois de caído, ele teria sido atingido com mais três facadas na cabeça.

De acordo com a investigação e o relato do autuado, que confessou o crime, a vítima conhecia o agressor e a motivação do crime teria sido um desentendimento entre ambos.

Cabe recurso da decisão.

 

Com informações: Janine Moreira de Souza Assessora-Coordenadora de imprensa: Adriana Arend