A Polícia Civil prendeu preventivamente, na terça-feira (1º), uma idosa de 66 anos suspeita de entregar as netas a um homem que abusava sexualmente delas em troca de dinheiro e comida em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.
De acordo com o delegado Matheus Antunes da Rosa, o homem, que tem 48 anos, é conhecido da família e teria cometido os crimes contra as duas meninas – uma criança que hoje tem 11 anos e uma adolescente de 13 – entre setembro de 2020 e março de 2021.
“A investigada, avó das vítimas, consentia com os atos e recebia dinheiro e alimento em troca”, afirma o delegado.
As meninas foram resgatadas pelo Conselho Tutelar e levadas para receber acolhimento em um abrigo público. A mãe delas já é falecida. O pai vivia com as filhas junto com a avó, mas, segundo a polícia, não sabia dos abusos. O imóvel era dela e ela era a provedora familiar.
Rosa explica que, na época que os crimes foram cometidos, o pedido de prisão preventiva dos suspeitos à Justiça foi negado em primeira instância, porém, após recurso do Ministério Público (MP), o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) reverteu a decisão.
O homem foi preso no bairro São João. Já a idosa no bairro Cabo Luis Quevedo. Eles foram levados para uma delegacia de polícia e, então, para a Penitenciária Modulada de Uruguaiana. Os dois devem responder pelo crime de estupro de vulnerável.
Como denunciar casos de abuso sexual
- Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato
- Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes
- Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres
- Qualquer delegacia de polícia
- Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa
- Conselho tutelar: todas as cidades possuem conselhos tutelares. São os conselheiros que vão até a casa denunciada e verificam o caso. Dependendo da situação, já podem chegar com apoio policial e pedir abertura de inquérito.
- Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia.
- WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008
- Ministério Público
Por g1 RS e RBS TV