Em uma decisão histórica para a Câmara de Vereadores de Alegrete, um legislador foi cassado pela primeira vez em toda a história do município. Fábio Perez, que havia sido o vereador mais votado na última eleição, com 2.249 votos, foi destituído do cargo após ser alvo de um processo investigativo envolvendo a prática de rachadinha e homofobia. A denúncia que culminou na cassação foi feita por um ex-assessor do vereador. Foram 11 votos positivos e 3 contra – na votação de uso indevido de valores quando solicitava que o assessor pagasse as contas de água, luz, fone, entre outros. Já na acusação de homofobia foram 10 a 3.
O anúncio da cassação ocorreu durante a sessão extraordinária realizada pela manhã no Plenário Gaspar Cardoso Paines, neste dia 28. A decisão foi tomada após a conclusão de um relatório produzido pela comissão integrada pelos vereadores Cléo Trindade, Itamar Rodriguez e Jaime Duarte. Esse relatório foi entregue à mesa diretora do Poder Legislativo há mais de uma semana, após o trabalho que levou mais de dois meses para ser concluído.
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A comissão de vereadores designada para apurar as denúncias realizou um minucioso processo investigativo, ouvindo testemunhas de ambos os lados e coletando informações relacionadas às possíveis irregularidades cometidas pelo vereador Fábio Perez. As denúncias contra o legislador incluem o uso indevido de seu cargo para obter vantagens pessoais, como a retirada de valores indevidos de seus assessores e a solicitação para que eles realizassem atividades que não faziam parte de suas obrigações, como pagar contas particulares do vereador ou realizar recargas de celulares para familiares dele, usando o rendimento dos assessores para tal. Além disso, foram relatados casos de comportamento homofóbico por parte do vereador dentro da casa legislativa, causando constrangimento e ofensa a outros colegas.
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Para a votação da cassação, cinco suplentes foram convocados a fim de participar da sessão extraordinária sendo: Jeferson Brunnig (PDT), Rafael Faraco (PDT), Sargento Volmir Silveira (PDT), Fatima Marchezan e Roger Severo (PP) .
É importante ressaltar que o processo de cassação foi fundamentado com base no Decreto Lei 201/67, que trata da responsabilização de agentes públicos por crimes de responsabilidade.
O vereador Fábio Bocão, não foi visto no plenário durante a sessão de cassação, entretanto, destacou que iria se manifestar posteriormente.