Como nasceu a Avenida República Riograndense, via fundamental para entrar e sair da cidade

Parece estranho quando a gente passa por algum local e acha que sempre foi daquele jeito. Só que a realidade não é assim.

Por exemplo, a avenida República Riograndense que hoje é uma das principais vias de acesso e saída da cidade tem a sua história. O início da obra foi em 1983 em uma área em que era praticamente tudo campo. O então prefeito, da época, Adão Dornelles Faraco foi quem deu a ideia de abrir uma rua naquele local que, também, interligasse a cidade com à BR 290. Foi uma obra ousada para a época, já que única saída da cidade para BR era pela Avenida Assis Brasil.

Notícias que impactaram Alegrete em 2023 nas abordagens do PAT

E assim se formou um canteiro de obras que resultou no que hoje conhecemos como a Avenida República Rio Grandense, ladeada pelo bairro Santos Dumont, com muitas residências e empresas que ao longo destes 41 anos foram se intalando naquela região da cidade. E a via se tornou um ponto estratégico de entrada e saída da cidade de quem vem do interior ou de cidades como Rosário do Sul, Porto Alegre e até de outros estados. A avenida interliga a Avenida Tiaraju até ruas que dão acesso ao centro da cidade, de forma bem ágil e segura.

Quase um ano depois da abertura do Calçadão, veja a opinião da população sobre a mudança

O que diz Adão Faraco

Numa viagem administrativa a Porto Alegre, quando Prefeito em 1983, tive a companhia do Engenheiro Jorge Moojen, Secretário de Obras do Município. Voltamos à noite e – ao aproximamo-nos da cidade, pedi ao motorista da velha Veraneio – o Jaques, quando defrontamos com a profusão de luzes da Avenida Rio de Janeiro. Essa denominação fez parte de um Projeto de Lei Municipal que apresentei à Câmara, quando fui Vereador na Legislatura 1964/1967. O Bairro Santos Dumont recebeu denominação de ruas com nomes dos Estados Brasileiros em ordem alfabética, como é hoje. A Avenida então terminava na altura da atual Pizzaria Ricci, frente ao Engenho Laguna. Moojen fez uma manifestação “profética”!

-“O que tu achas de ligarmos a Avenida à BR 290 ?” Na minha agenda do outro dia, teve destaque uma visita aos três proprietários da gleba entre as duas vias públicas: O Sr. Ernando Laguna e o Sr. Inácio Campo de Menezes. Os dois cidadãos prontamente se dispuseram a doar as grandes áreas que fossem necessárias, comentou Adão Faraco.

RS apresenta estabilidade nos indicadores do mercado no 3º trimestre de 2023


Uma área bem menor, entre os dois negou. O remédio? Desapropriação por interesse social ! Nascia a nova ligação urbana com a federal. Com esta Avenida diminuiu 12 Km no contorno para chegar à cidade pela Assis Brasil.
Conseguimos com o DNER (hoje DNIT), o trabalho de abertura do leito à partir do Bairro Santos Dumont. Houve escavações até 5mt. de profundidade para vencer parte do depósito natural de xisto betuminoso. Também com o DNER, conseguimos a pavimentação asfáltica de todo o novo trecho de com 2.380 mt.
Em 1985, o Governador Jair Soares, ao abrir as solenidades das comemorações do Sesquicentenário Farroupilha, propôs aos Municípios Gaúchos que adotassem nomes de ruas, visando honrar os feitos heroicos do decênio 1835/1845. Nessa oportunidade coincidente com a conclusão da obra de extensão da Avenida, que sugerimos, e a Câmara Municipal aprovou a nova denominação. Essa é a breve história da Avenida República do Rio Grande. -Na programação seguinte, elaboramos para a comemoração do Sesquicentenário Farroupilha, a construção do Obelisco Farrapo, na primeira rótula da Avenida Tiarajú.

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários