Delegados suspendem novamente divulgação de operações após impasse sobre reajuste

Uma assembleia de classe da Associação dos Delegados de Polícia do RS (Asdep) decidiu, por unanimidade, suspender novamente a divulgação de operações. A decisão, que passa a vigorar nesta quinta-feira, ocorre cerca de um mês após o primeiro boicote a entrevistas. A medida foi retomada porque não houve avanços nas negociações sobre reposição salarial com o governo.

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O presidente da entidade, delegado Guilherme Wondracek, afirmou que foi apresentada ao Executivo Estadual uma proposta de reajuste de 40%, escalonado ao longo de três anos. Segundo ele, não houve resposta e nem contraproposta.

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“Fomos recebidos ontem, pela quarta vez, mas o governo não apresentou nenhuma proposta palpável. Eles falam que a Polícia Civil será tratada como prioridade e valorizada, mas não explicam como vão fazer isso. Queremos tratamento igual ao de outras categorias do Executivo”, afirmou.

Wondracek desaprova também que os associados tenham sido recebidos por servidores, e não por secretários ou pelo próprio governador. “Nas gestões estaduais anteriores, negociávamos diretamente com o governador ou com o secretariado. Nas duas últimas reuniões, fomos recebidos por servidores. Nada contra, mas eles não têm capacidade política para decidir. Nos parece desconsideração.”

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O presidente da Asdep reforça que a medida não foi feita para atingir a imprensa e nem a população. “A Polícia Civil vai seguir trabalhando em prol da sociedade. Também não é um ato contra a imprensa, é apenas um alerta ao governador. Ele utiliza a queda nos índices criminais como publicidade, enquanto estamos há dez anos sem reajustes e com perdas inflacionárias de 30%.”

A medida de silêncio só será suspensa após a retomada das negociações. Os delegados que não cumprirem o determinado serão submetidos ao Conselho de Ética da Asdep.

O Portal Alegrete Tudo entrou em contato com a delegada regional da 4ª DRPI Daniela Barbosa, que atendeu a reportagem e confirmou o boicote. No entanto, a policial explicou que os demais delegados estão instruídos a não repassar informações acerca de operações e orientados sobre como proceder caso a imprensa busque alguma informação.

Informações: Marcel Horowitz

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