Denúncia da Associação dos Arrozeiros sobre taxa para o IRGA foi acatada por desembargador gaúcho

Desembargador Rui Portanova manda intimar governador sobre apropriação de taxa paga pelos produtores ao IRGA para pesquisa para melhorar produção de arroz.

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A Associação dos Arrozeiros de Alegrete denunciou sobre a taxa de CDO que, conforme a presidente da Associação dos Arrozeiros, Fátima Marchezan, teve apropriação indébita por parte do Governo do Estado, de parte significativa dos recursos pagos pelos produtores e que deveriam ser investidos no Desenvolvimento Sustentável da Lavoura Orizícola.
Os produtores descontam R$ 0,70 do valor de venda de cada saca de arroz de 50kg para que o Instituto Riograndense do Arroz – IRGA tenha recursos para pagar suas despesas de custeio e investir em pesquisa. Esses valores são arrecadados pelo Estado, que fica com cerca de 40% dos valores para fazer frente aos gastos da máquina pública e não repassa ao IRGA.

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-Esse recurso seria para pesquisa em tecnologia de ponta e o Estado está se apropriando desse dinheiro. Imagine que você faça um investimento em alguma coisa ou compre um produto e só receba 60% do serviço ou do produto, você aceitaria isso calado, indaga Fátima Marchezan.

Dentre as despesas de custeio do IRGA estão os custos para funcionamento do IRGA e seu quadro de funcionários. Já dentre os recursos para o investimento em pesquisa estão o desenvolvimento de tecnologias, tanto de manejo quanto de variedades de arroz , que permitam ao produtor ter maior lucratividade no seu negócio, com variedades mais produtivas e resistentes a pragas e doenças. E com isso, aplicar menos agroquímicos na lavoura ou usá-los de forma mais racional e segura, além de plantas mais tolerantes ao estresse hídrico, com menor uso de água para o desenvolvimento das plantas e formação do grão de arroz.

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Se conseguir mais produtividade e menos produtos químicos na lavoura, vai reduzir custos de produção e poderá colocar alimento mais barato na mesa dos consumidores, coloca a presidente da Associação dos Arrozeiros.

Fátima Marchezan lembra que a soja está avançando sobre as áreas de arroz e, ao passo que o arroz é um produto da cesta básica alimentar e emprega muitas pessoas, a soja emprega menos e destina-se à produção de proteína para os rebanhos, avicultura e suinocultura. “Não precisa haver uma dicotomia, o equilíbrio é necessário com uma sucessão de culturas, pois a soja atualmente traz uma rentabilidade maior ao produtor e tem suas vantagens para as empresas rurais. Entretanto, é preciso refletir que essa falta de competitividade do arroz e a migração para a soja (e isso passa também pela falta dos recursos de investimentos para o IRGA) tem um impacto direto no preço do arroz. Na falta de arroz gaúcho, o governo passa a importar um arroz de qualidade duvidosa, com controles sanitários falhos e estimulando economias e empregos em outros países ao invés de priorizar a nossa produção”.

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