“Desgarrada” descreve a eterna saudade da querência

Participe da sessão Saudade do Alegrete, mande sua história para: email- [email protected]. WhatsApp: 55 999287002.

Liege Deferrari
Liege Deferrari

Conheça mais uma linda história que envolve os alegretenses desgarrados.

Por telefone, foi a vez de Liege Deferrari conversar com a reportagem, acompanhe sua trajetória singular na sessão Saudade do Alegrete.

Ela inicia destacando: com o tempo você se adapta. Pois ouviu isso várias vezes desde que saiu de Alegrete com seus 16 anos. O objetivo de estudar fora e descobrir mais sobre o mundo a norteavam.

“Alegrete sempre foi uma cidade acolhedora, onde as pessoas se conhecem pelo nome ou pelo menos conhecem algum dos parentes, em uma das minhas idas para Alegrete eu ouvi assim:  Essa é a Liege “a filha da Rosa que vende jóias, esposa do Luiz” ou “essa é a Liege sobrinha do Mimico da Restinga”. Isso traz uma referência, uma origem e acaba mostrando que pertencemos a algum lugar. Como eu moro em Passo Fundo há 17 anos e a cidade é muito grande, as pessoas acabam sabendo somente nosso nome mesmo e por fim o cargo que ocupamos em algum lugar”- comenta.

O capitão dos Bombeiros que é orgulhoso da sua terra e da sua gente

"Desgarrada" descreve a eterna saudade da querência
“Desgarrada” descreve a eterna saudade da querência

A alegretense estudou nas escolas Marques de Alegrete, Oswaldo Aranha e concluiu o ensino Médio  no Raymundo Carvalho.

“A gente não vê a hora de crescer e quando cresce sente uma saudade imensa de quando éramos criança. Falar do I.E.E.O.A, era assim que chamávamos na época, é trazer lembranças maravilhosas como conseguir estudar no prédio novo (só os grandes estudavam lá), comer as merendas das tias confesso que era uma das melhores partes do turno, como minha mãe conhece muita gente, certa vez ela pediu para tia da merenda que não deixasse eu repetir o prato (aquele macarrão com sardinha maravilhoso) pois eu estava acima do peso, lembro que a tia da merenda não obedeceu a mãe, pois sempre que eu repetia ela dizia: Não conta pra tua mãe que você está comendo de novo… Dessa época tenho muitas amizades até hoje e ainda rimos quando nos juntamos para relembrar” relembra.

Suzane Beatriz, a alegretense que atua na Anvisa em Brasília

Liege diz que sente falta da tranquilidade que Alegrete ainda proporciona, de sentar no final do dia na frente de casa para tomar mate, poder ficar até tarde na rua (sem maiores perigos) e dar uma volta na praça Getúlio Vargas antes de ir para casa. Aos domingos quando saia da Igreja, parar no calçadão para tomar um sorvete ou pegar um Pancho na esquina, era sagrado.

Liege Deferrari
Liege Deferrari

Hoje quando vem visitar a mãe e familiares automaticamente faz essa mesma rotina, pois a lembra de onde veio e compreende que são as coisas simples que confortam o coração.

“Quem nunca entrou em Alegrete cantando o canto Alegretense que tem na estrada antes de chegar?- questiona.

Passo Fundo é uma cidade com muitas oportunidades profissionais e, ela fez a graduação lá. Desde que formou-se em Nutrição, há 13 anos, trabalha na área e seu filho nasceu em Passo Fundo, porém, o tempo não fez com que ela se adaptasse e sim, se acostumasse com a cidade que deu oportunidades.

Saudade do Alegrete: Dionatan, o churrasqueiro alegretense em Balneário Camboriú

“Chances profissionais, porque valores como família, caráter, responsabilidade e união eu fui ensinada aí em Alegrete, juntamente com meu irmão, pela minha mãe Rosa e meu pai do coração Luiz e estes valores eu ensino para o meu filho aqui e levarei comigo para onde eu for. O bom é que tem vários Alegretenses espalhados pelo mundo e de tempo em tempo eu encontro algum conterrâneo. E como a gente se reconhece? Pelo jeito peculiar que falamos, falamos com ânimo, por vezes cantado porque somos de “Alegretee”, nosso baita chão” finalizou.

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