Carlos Henrique, 30 anos, natural de Alegrete, traz consigo uma história marcada pela simplicidade e pela busca por um futuro distante de suas origens. Criado pela avó e pela mãe em uma humilde residência na Rua Barão do Cerro Largo, após os trilhos, Carlos sempre carregou a bagagem de uma infância desprovida de festas de aniversário.
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Em vez de festas grandiosas, sua mãe, dotada de inteligência singular, optava por investir em experiências memoráveis. Com habilidade, ela tomava emprestada uma câmera fotográfica, adquiria filmes e o levava ao Parque dos Patinhos ou ao Parque dos Aguateiros, registrando cada momento em imagens que se tornariam relíquias familiares. A motivação dela residia no desejo de preservar memórias, algo que ela própria não teve a oportunidade na infância, dada a dificuldade e o alto custo de registros fotográficos na época.
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Essas lembranças, guardadas por Carlos como tesouros de sua vida, são, para ele, um legado a ser compartilhado com seus filhos, transmitindo os valores de ensinamentos, delicadeza e amor que sua mãe dedicou a ele.
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Aos 20 anos, Carlos deixou Alegrete para construir sua história em Caxias do Sul, onde permaneceu por uma década, entre trabalho e estudos. Durante esse período, visitou sua cidade natal algumas vezes, revivendo momentos especiais, como tomar chimarrão no banco em frente à Prefeitura na Praça Getúlio Vargas e passear pelo Parque Rui Ramos.
Atualmente, reside em Florianópolis, cidade que escolheu para estar mais próximo de sua família após perder sua avó, Gilda, em 27 de janeiro deste ano. Gilda, responsável por seu nome e por criar 16 filhos com amor e dedicação, deixou uma marca inapagável em sua vida. Carlos fazia questão de visitar Alegrete regularmente, pois para ele, o calor familiar é o verdadeiro lar, independentemente do local.
Hoje, Carlos redefine sua existência, encontrando significado nas experiências vividas. Encontrou o apoio e o amor em seu parceiro de vida, formando um lar com duas adoráveis gatinhas. Trabalha no setor de Recursos Humanos de um hospital em Floripa, decidindo fazer deste lugar o seu porto seguro.
A trajetória de Carlos Henrique é um prova da resiliência e da capacidade de criar novos laços, mesmo quando distante de suas raízes.
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