Desigualdade vacinal, no mundo, pode ter ajudado no novo surto de Covid

Passados dois anos desde que o Sars-CoV-2, o coronavírus causador da covid-19, foi descoberto em Wuhan, na China, o mundo parece estar mais próximo do fim do que do começo da pandemia.

Vacinação
Vacinação

Mas, para que esse término realmente se torne realidade em 2022, é preciso reduzir a desigualdade na distribuição das vacinas e garantir que ao menos 70% da população global receba as doses do imunizante ao longo dos próximos meses.

Aqui em Alegrete 6 mil pessoas estão sendo chamadas para tomar a segunda dose do imunizante.

Essa é a avaliação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em uma série de comunicados recentes.

Em uma coletiva de imprensa no último dia 22 de dezembro, o diretor-geral da entidade, o biólogo etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, projetou que “2022 tem tudo para ser o ano do fim da pandemia de covid-19”.

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Do ponto de vista global, o maior obstáculo a ser vencido no que diz respeito à vacinação contra a covid-19 é a desigualdade na distribuição e no acesso a esses produtos.

Desiguldade vacinal
Desigualdade vacinal

Enquanto alguns países, como Israel, já estudam aplicar uma quarta dose em sua população, outros sequer conseguiram proteger os grupos mais vulneráveis, como idosos e profissionais da saúde.

A situação é particularmente preocupante nos países mais pobres: Haiti, Chade, Burundi e Congo ainda não vacinaram nem 1% de seus cidadãos.

“E não basta doar lotes de vacinas. É preciso que os organismos internacionais ajudem esses locais a criar uma estrutura de distribuição e comunicação, para que as campanhas cheguem efetivamente às pessoas”, chama a atenção a infectologista Nancy Bellei, professora e pesquisadora de doenças respiratórias virais na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“A variante ômicron veio justamente para nos dar um certo ‘tapa na cara’ e mostrar o que acontece quando não existe uma igualdade vacinal. Enquanto não houver uma proteção homogênea, estaremos sujeitos ao surgimento de novas versões do coronavírus”, alerta microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência.

A microbiologista destaca que a chegada da ômicron também firmou a necessidade de dar três doses de vacina para garantir um bom nível de proteção contra as formas mais graves da covid-19.

“Isso mudou a nossa perspectiva: antes pensávamos em duas doses, agora sabemos que três são necessárias”, diz.

Com informações do BBC News.

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