“É uma partida que não existe”, diz familiar de empresário alegretense vítima da Covid-19

Uma vida ceifada em meio a tantos planos, desejos e conquistas. Há mais 25 anos, à frente da empresa de comércio de derivados de carnes Líder, localizada no bairro Promorar, Epaminondas da Silva Salgado, era o grande diferencial em tudo que fazia e da forma em desempenhava todas as funções. A linguiça era o carro-chefe e todos que tiveram a oportunidade de provar o produto, aprovaram. Antes de passar para a fábrica de linguiças, Epaminondas já tinha um armazém no mesmo bairro. Mas os planos foram interrompidos em uma viagem que era para ser apenas de alegrias. O empresário foi a Santa Catarina e lá foi diagnosticado com Covid-19.  Permaneceu mais de 20 dias internado no hospital Ruth Cardoso. Mas, infelizmente, não resistiu às complicações do vírus e faleceu no último dia 3. O alegretense estava com 49 anos e deixou esposa Luciane Severo Salgado e duas filhas Vitória de 15 anos e Júlia de 9 anos.

 

A sobrinha, Mari, disse que o tio era um filho, esposo e pai exemplar. Sempre batalhando para dar o melhor para as filhas. Além de Alegrete, o empresário também atendia outros estabelecimentos comerciais da região.

 

“Foi bem impactante pra família, foi uma perda para o qual não estávamos preparados. Ele tinha problemas cardíacos, mas jamais imaginamos que iria perder a batalha para esse vírus. Não fazer um velório, não ter a oportunidade de uma despedida para uma pessoa tão maravilhosa como ele, foi o que mais nos abalou. Pois ele era querido por todos, tanto por nós familiares, quanto amigos e clientes. É uma partida que não existe – disse Mari.

A esposa Luciane Severo Salgado era proprietária da cafeteria Aroma e Sabor. Epaminondas faleceu no dia 3 de fevereiro em Balneário Camboriú, após mais de 20 dias de muita batalha e a busca pela cura da Covid 19. O corpo foi transladado para Alegrete e sepultado no cemitério Municipal.

A família convida para a Missa de 7° dia a ser realizada neste dia 11/02,  às 16h na Igreja Matriz. Àqueles que, em razão da pandemia estão em casa e com mais limitações, podem fazer orações, sugerem os familiares.