Ela tinha apenas 1% de chance de ser mãe

Ser mãe é um sentimento que atravessa o seu corpo e deixa marcada a sua alma. Vida de mãe é feita de erros e acertos: ser mãe não é ser perfeita, não é saber tudo de repente. É estar disposta a aprender o tempo todo, evoluir constantemente, e crescer com os filhos.

A jornada para ter um filho pode ultrapassar, e muito, o período da gestação. Fertilização, inseminação e a adoção, também, são alguns dos caminhos para realizar o sonho de ver a família crescer. Porém, em muitos casos, a idealização de ter o barrigão, os exames, o primeiro ultrassom, a descoberta do sexo, os enjoos e o enxoval, entre tantos outros envolvimentos em razão do período gestacional e também da chegada do bebê.

E foi para viver esse sonho que a alegretense Jossana de Oliveira Gonçalves, hoje com 30 anos, desafiou a medicina e acreditou muito na sua fé. Com apenas 1% de chance de ser mãe, ela jamais desistiu e buscou auxílio em todos profissionais de saúde, com o diagnóstico de endometriose, além disso, a sua Fé, ela pontua que foi indispensável ter o amparo emocional necessário para ter a pequena Lavínia Gonçalves Vargas, hoje, com seis anos.

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“Eu sei o quanto é importante saber que há situações que podem representar uma grande barreira para que a mulher possa ser mãe, mas, nunca é impossível. As mulheres, assim como eu, que tentei por oito anos e sempre estava buscando a comparação em razão de que minhas amigas já eram mães e, mesmo com o meu desejo de engravidar e do meu marido de ser pai, isso não se concretizava, precisam buscar todas as vias”- destaca.

Jossana acrescenta que, depois do diagnóstico, e por saber que tinha apenas 1% de chance, iniciou o tratamento com medicação. “Eu sabia que precisava fazer tudo certo, mas minha fé foi o que me sustentou e, desta forma, sem uma explicação da medicina, no terceiro mês do tratamento eu estava grávida, porém, não foi uma gestação fácil. Mesmo assim, eu me dediquei de corpo e alma e tive todos os cuidados do meu esposo Lucas Vargas e da minha família. Teve um período em que nem saia de casa, a gravidez de alto risco, tanto que minha menina chegou antes do previsto”- lembra.

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Mas, embora Lavínia tenha se apressado, nasceu saudável e não precisou ficar na UTI Neo. Para o casal e, principalmente Jossana que enfrentou todos os riscos, pois com cinco meses teve deslocamento da placenta. “Cada dia era de muita apreensão, alegria e medos. Eu sabia que estava realizando o meu sonho, mas que poderia interromper esse meu desejo a qualquer momento pelas complicações, isso mexe muito com a gente, entretanto, eu sabia que no final tudo iria ficar bem. Fomos abençoados com uma criança, meiga, educada, inteligente e muito feliz”- destaca.

Jossana também falou sobre o período de pandemia. Como a filha ficava com a avó para ela trabalhar, decidiu sair do emprego e optou por montar uma loja on-line e bater de porta em porta, quando necessário. Virou sacoleira, como descreve, para ter a dedicação 100% à filha em um momento que tudo estava incerto. “Minha mãe cuidava da minha avó, tudo era muito novo e, para não arriscar, eu larguei tudo e decidi fazer diferente, por celular, WhatsApp, muita live e vendas que eu ia entregar com todos os cuidados para que ela não precisasse sair de casa. Só voltei a trabalhar, no comércio, há sete meses e, faria tudo novamente se fosse preciso” – acrescenta a mãe leoa da pequena Lavínia que nasceu em 2016, no dia 25 de abril em uma cesárea de urgência.

“Sei que minhas preces foram atendidas, sei que minha filha foi um milagre e só tenho gratidão. Por esse motivo, as mulheres não podem desistir, nem desanimar. A força desse amor não pode ser mensurada – a gente sente.”- conclui

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