Em reunião, representantes buscam reverter a situação do fechamento do frigorífico em Alegrete

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A notícia de que o Marfrig encerrará  as atividades da planta de Alegrete, depois de todo o processo de discussão e negociação que impediu tal decisão em agosto passado é inaceitável. Os mesmos argumentos que sustentaram a posição de Alegrete continuam coerentes. Não houve reversão do quadro.

Com esta manifestação, o vereador Zé Paulo (PT) critica a decisão da Direção da empresa.O Frigorífico de Alegrete mantém hoje 680 trabalhadores. “É neste pessoal que temos que pensar antes de mais nada. São milhares de pessoas envolvidas direta e indiretamente nesta decisão”, destaca o vereador.

O Marfrig participa do Programa Agregar RS com 28 milhões em isenções fiscais, crédito no ICMS de 4% para venda para fora do estado e 32% de desconto na utilização de energia elétrica.- Mesmo com a notícia do fechamento voltando a espantar-nos e, é fundamental nos mantermos mobilizados em busca de alternativas. Os prejuízos sociais e econômicos são alarmantes, alerta Zé Paulo.

 

Em Porto Alegre

O vereador participou de reunião na Secretaria de Agricultura do Estado para este debate, somando forças com a vice-prefeita de Alegrete, Preta Mulazzzani, o presidente do Sindicato da Alimentação, Marcos Rosse, o presidente do Sindicato Rural, Pedro Píffero, a CNTA através do Luis Araújo, o colega vereador Márcio Amaral, reforçados pelo deputado estadual Adão Vilaverde (PT).

A comitiva foi recebida em agenda pelos secretários da Agricultura e do Trabalho, Ernani Polo e Miki Breier, respectivamente. Foi exposto ao Governo do Estado que o fechamento da planta representaria uma queda significativa de cerca de R$ 23 milhões aos cofres municipais e do estado. Do valor total, R$ 4 milhões são referentes às arrecadações com ICMS; 1 milhão de exportação; e R$ 18 milhões referentes ao custo anual com a folha de pagamento gerada pela Marfrig na cidade e região.

Ao final da reunião, ficaram acertados três encaminhamentos. O representante da Marfrig comprometeu-se em levar as considerações feitas na reunião para que a empresa possa reavaliar o fechamento da unidade e estudar o que será necessário para que isso não ocorra; a hipótese de outra empresa assumir o frigorífico, evitando o fechamento; e a sugestão para que o governador José Ivo Sartori faça contato direto com a direção nacional da empresa, como Tarso Genro fez em setembro passado, para estudar possibilidades que impeçam o fechamento da unidade.