Falta de sinalização em obra na BR-290 por pouco não provoca grave acidente

Na última quinta-feira (28), um motorista que trafegava na BR-290, Rodovia Oswaldo Aranha, por detalhes não sofreu um grave acidente.

Com trabalhos de reparos na rodovia, o km 574 estava com duas frestas na via. O motorista que ia em direção a Rosário do Sul diz que faltou sinalização no local. “Apenas dois cones sinalizavam o local e não houve tempo de desviar e acabei passando pelo buraco”, descreve.

 

O motorista acabou dominando o carro e,  segundo ele, graças a boa estabilidade do veículo foi possível contornar a situação. Com dois pneus estourados e problemas na suspensão , o condutor teve a viagem interrompida.

“Para minha infeliz surpresa abriram duas crateras na estrada e foram almoçar, em consequência, estouraram meus dois pneus dianteiros.

 

Felizmente consegui controlar o veículo e estacionei no acostamento. Imediatamente, entrei em contato com o Fórum de Rosário do Sul para avisar, inicialmente, que me atrasaria.

Logo após, liguei para a Polícia Rodoviária Federal para informar que a obra não estava adequadamente sinalizada e descobri que, infelizmente, estavam atendendo um trágico acidente, também na BR-290, em que faleceu um jovem empresário de Alegrete (meus sinceros pêsames para a família)”, postou o motorista em seu perfil na rede social Facebook.

O Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Rafael Echeverria Borba, comentou com a reportagem do PAT que, logo depois, com uma velocidade incrível os trabalhadores começaram a sinalizar a obra e a taparem com velocidade ímpar as crateras abertas, disse o magistrado.

Além do prejuízo material, o Juiz que se deslocava a trabalho para a cidade vizinha, teve de cancelar audiências e aguardar o guincho, por quase três horas, que levou o veículo para a concessionária para revisão da suspensão.

“O meu prejuízo material poderá ser facilmente calculado, contudo, retomo a perguntar: qual o custo social da irresponsabilidade?

Por apenas não terem feito um mero revezamento durante o almoço para que ficassem sinalizando as “crateras”, não foi possível realizar as audiências designadas em Rosário do Sul. Trata-se de processos de réus presos. Em consequência, restou prejudicado o serviço do Ministério Público, da Defensoria Pública, dos Advogados, dos Agentes da SUSEPE e dos servidores públicos que foram requisitados para serem ouvidos como testemunhas (por exemplo, policiais civis, policiais militares, agentes penitenciários e psicóloga da rede municipal de saúde”, resignou-se o motorista.

A reportagem entrou em contato com a Construtora ICCILA, que afirmou que o local estava devidamente sinalizado.

Júlio Cesar Santos                                                     Fotos: reprodução