Família relembra os cinco anos do assassinato de Cristian Fontoura Gonçalves

Neste dia 28, há cinco anos, uma família foi dilacerada pela dor da perda de um jovem que foi covardemente assassinado. Cristian Fontoura Gonçalves de 26 anos foi interpelado por dois indivíduos no cruzamento das Avenidas República Riograndense com Inácio Campos Menezes(antiga Charrua), onde em razão de um fone de celular foi morto com um tiro no peito. O pai, conhecido como Japonês, viu a cena de dois homens em luta com o filho e, na sequência ouviu o disparo. Ele estava a poucos metros de Cristian. Naquela noite, o jovem saiu do trabalho e foi entregar a Páscoa para a filha que residia no bairro Segabinazzi.  Como estava a pé, o pai iria encontra- lo de moto.

O alegretense morreu na hora e o assassinato gerou muita revolta. Cristian era um jovem trabalhador que tinha um grande círculo de amizades.

A reportagem do PAT foi procurada pelos familiares que fizeram uma homenagem para demonstrar que, apesar dos anos, ele se mantém vivo nos coração de todos.

O texto inicia: querido Cristian, está completando 5 anos que partiste,  foi tudo tão doloroso e inexplicável. Como pode, alguém tão jovem e tão cheio de sonhos ter a sua vida ceifada de repente? Criaturas do mal, sem amor no coração abreviaram tua trajetória na terra, deixaram um vazio em nossas vidas e uma saudade que não tem fim. Contigo, foi parte do nosso coração e conosco ficou parte de ti, tua filhinha Sofia que tem a mesma doçura do teu sorriso e onde chega tudo se ilumina.

 

Obrigado pelo teu amor e por tudo que nos ensinaste. Obrigado ao senhor Deus por permitir que esse anjo fizesse parte da nossa família. Te amamos muito para sempre!

Descrevem o pai Japonês, mãe Ana, mano Charles e filhinha Sofia.

No ano de 2016, Sofia estava com dois anos e 8 meses. A família ressalta que ele era muito humano, humilde e batalhador. Todos que o conheciam gostavam dele. Cristian trabalhava há oito anos no carro lanche, da Praça Getúlio Vargas, Super Pluto.

 

Os autores do latrocínio foram presos e condenados em 23.03.2017 pelo Juiz de Direito Diego Teixeira Delabary. Já  em 28/03/3018, e os réus foram absolvidos pela Sétima Câmara Criminal do Tribunal de Justiça por insuficiência probatória.

Cristian residia com os pais no Caverá. Todas as noites e/ou madrugadas, o pai ia buscá-lo de moto e, naquela noite, Cristian saiu para levar a Páscoa para a filha e fez uma rota diferente.

Ele era um jovem com muita alegria pela vida e apaixonado pela família.

Atualização: inicialmente, conforme informações da família,  o PAT divulgou que os autores aguardavam em liberdade o julgamento.  Posteriormente,  diante das informações do juiz da Vara de Execuções Criminais de Alegrete, Rafael Echevarria Borba, a notícia foi atualizada.

O juiz ainda acrescenta que:

“Estamos marcando todos os júris pendentes e as instruções de todos os crimes contra a vida em tramitação, bem como buscando todos os crimes de latrocínio pendentes de instrução e julgamento.
A meta é instruir todos no ano de 2021, no entanto, nos processos de júri no caso de eventual pronúncia (determinando que a parte seja julgado pelo júri) cabe recurso aos Tribunais superiores e somente com o retorno dos autos confirmando eventual pronúncia dos réus é que é possível marcarmos a sessão plenária do júri. Quando chegamos haviam 4.818 processos físicos na Vara, no entanto, haviam mais 1.350 processos fisicos de violência doméstica em regime de exceção que foi encerrado e retornaram para a Vara.
Procedimento do júri em processos físicos (desde 05.10.2020 são processos eletrônicos) temos 238 processos, sendo que 208 sem julgamento. O trabalho desenvolvido é intenso, no entanto, é um trabalho de médio a longo prazo para colocarmos em dia a tramitação dos processos”.

Flaviane Antolini Favero