Feira do Livro de Alegrete na Praça passará por avaliação, e local para 2024 é incerto

A 42ª edição da Feira do Livro, realizada pelo Sistema Fecomércio Sesc e pela Prefeitura de Alegrete, em parceria com a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, aconteceu na Praça Getúlio Vargas.

O evento ocorreu entre os dias 17 e 22 de outubro e contou com a participação de mais de 20 escritores e escritoras, além de oferecer 30 atividades formativas, como palestras, oficinas, painéis e bate-papos, juntamente com diversas apresentações artísticas. Além disso, houve uma programação especial envolvendo escolas municipais, estaduais, particulares e universidades.

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Neste ano, a feira mudou de local, passando a ser realizada na Praça Getúlio Vargas e em seu entorno. No centro, ficaram os estandes dos livreiros, editoras e universidades. Nas transversais, foram montados espaços específicos para atividades artísticas, tais como:

Espaço Infantil/Palco Pocket: Um local dedicado a sessões de contação de histórias e debates sobre literatura infantil. O espaço contou com a presença de Barbara Catarina (POA), Karina Maia (Santa Maria), Tanise Carrali (Santana do Livramento), Sérgio Rosa (Venâncio Aires), Betânia Borges Schimitz (Alegrete), Mariseli Velasques, entre outros.

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Espaço Biblioteca Pública Mário Quintana: Um espaço dedicado às atividades literárias promovidas pela biblioteca pública, incluindo encontros dos clubes de leitura da cidade, discussões sobre adaptações literárias, entre outros. O local também recebeu escritores e escritoras que visitavam a Feira do Livro e, durante o final de semana, foi ocupado pelo projeto Pequenos Arteiros.

Além das universidades UERGS, UNIPAMPA e IFFar, que deram um colorido especial à programação, o evento contou com a participação das escolas de música da cidade, como Oficina do Som, Projeto Seguimos Sonhando e Espaço Musical Ibaldo

A chuva e a queda nas vendas de livros foram alguns dos fatores mencionados pelos livreiros, que afirmaram ter havido uma redução de 50% nas vendas em comparação com a edição do ano passado, realizada no largo do Centro Cultural.

Outra questão levantada pelos vendedores de livros foi o espaço reduzido no centro da praça; o novo formato não foi bem recebido pelos profissionais.

Devido às condições climáticas, não foi possível realizar as atividades no domingo à tarde, ocorrendo apenas a performance “Uma noite para criar, um dia para dançar” – GEDA Cia de Dança, que marcou o lançamento do Dança Alegre Alegrete.

Segundo Paulo Amaral, Agente de Cultura e Lazer do Sesc e um dos organizadores do evento: “A Feira atingiu seu objetivo ao levar o evento para o centro da cidade, oferecendo uma programação variada que promovesse ações formativas e integrasse a educação em atividades literárias.” Ele acrescentou: “Reconhecemos que há muitos ajustes a serem feitos, especialmente em relação à estrutura, mas acreditamos que estamos no caminho para consolidar um evento democrático e diversificado.”

Para o diretor de cultura do município, Rodrigo Guterres, manter o evento na praça foi uma ideia positiva. Em sua avaliação, um aspecto negativo foi que, dos cinco dias de evento, choveu em três. No entanto, ele destacou o aumento do público, especialmente estudantes, e a atmosfera colorida da praça como fatores extremamente positivos.

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Apesar disso, reconheceu que uma série de ajustes precisa ser feita para a próxima edição. “Vamos conversar com todos, ouvir os livreiros sobre o espaço. Vamos trabalhar para corrigir os pontos que precisam ser melhorados”, afirmou Guterres.

A Feira do Livro de Alegrete está entre os grandes eventos literários de médio porte do Brasil, com características semelhantes à Jornada Literária de Passo Fundo, a FLIP, a Feira de POA, entre outras, argumentou o profissional.

O palco principal, localizado na lateral da praça, recebeu apresentações de escolas, contações de histórias, espetáculos teatrais e musicais. Subiram ao palco o espetáculo “O Outro”, de Jairo Klein, baseado na obra de Fernando Pessoa; o teatro infantil “Lili Inventa o Mundo”, do grupo Masckara de Cruz Alta; e espetáculos musicais, incluindo “Sopaporiki – Tambor, sampler e voz” – Richard Serraria / POA, RAPjador com Chiquinho Divillas / Caxias do Sul; e “Desconcerto Palhacístico Musical – Laboratório K / Santa Maria, além do show do Aldeia do Rock. Também ocorreram a Conferência Municipal de Cultura e a Batalha de Rimas.

Durante três dias, ocorreram mais de 30 lançamentos de livros. O patrono desta edição foi o escritor alegretense radicado em Santa Catarina, André Soltau; o escritor homenageado foi o alegretense radicado em Caxias do Sul, Élvio Gonçalves. A homenageada especial foi a coreógrafa Elza Mello, e a Sociedade Literária Rui Neves recebeu uma distinção especial pelos relevantes serviços de disseminação da leitura realizados na cidade.

As atividades formativas também receberam atenção especial. A comissão organizadora realizou uma variedade de oficinas, painéis, palestras e rodas de conversa que foram realizadas nos casarões que circundam a praça e na URCAMP. Nomes como Marília Kosby, Cacica Kerexu Takua, Gujo Teixeira, Paulo Gaiger, Anayara Fantinel, Sandra Lima, Matheus Ipaguirre, Ondina Leal Fachel, Clarissa Gomes, Helena Martins, entre outros, colaboraram com as ações formativas do evento.

O evento contou ainda com intervenções cênicas do Grupo Lutálica, com a performance “Café com Mario”, do Grupo Tia de Canoas, com a intervenção “Poesia em Movimento – Uma Experiência Cenopoética”, e de Jairo Klein, que realizou interações com o público interpretando diversos personagens, incluindo o Soldadinho de Chumbo, que fez visitas guiadas no Trenzinho Cultural pelas casas de poetas alegretenses, como Nora Dorneles, Mario Quintana, Hélio Ricciardi e outros.

O Projeto Movimentando a Cultura no CC, coordenado por Tatiane Quintana e Merlen Alves, tomou conta do espaço infantil, realizando atividades como “Liberte um Poema”, “Poema ao Pé do Ouvido” e “Uma história por um poema”.

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Fotos: Kati Fotografia

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