Funcionários da Corsan aderem paralisação em Alegrete

Em pouco menos de uma hora, cerca de 32 funcionários da Companhia Riograndense de Saneamento- CORSAN paralisaram suas atividades,em Alegrete, em oposição à proposta do projeto de terceirização de serviços que tramita no Congresso Nacional.

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A manifestação faz parte do dia nacional da paralisação contra o Projeto de Lei n.º 4330, que permite a terceirização dos trabalhadores de todos os setores de uma empresa. Os trabalhadores são da unidade Cidade Alta e acreditam que se for homologada acarretará riscos para classe trabalhadora.

Muitos dos servidores que fizeram a paralisação, na cidade, dizem que não serão afetados se a lei vigorar, mas acreditam que é preciso exercer o direito de vetar, pensando nos outros colegas que estão a menos tempo na empresa.

Em Alegrete, a medida não gerou muitos manifestos neste dia 15 de abril. Na parte da manhã, uma mobilização no Calçadão reuniu Cpers , Sindicato dos Bancários de Alegrete e região.

Foram distribuídos folders para esclarecer a população sobre a terceirização. Outras entidades iriam fazer  manifestações em protesto a terceirização.

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Segundo as entidades sindicais, o PL 4330 retira direitos dos trabalhadores e legitima a política da busca sem consequências pelo lucro. “O projeto é terrível para os trabalhadores”, “O terceirizado não tem nenhum direito”; “Se a empresa pode demitir um funcionário e contratar outro por um terço do valor, pra que vai manter o funcionário”, são as principais indagações dos manifestantes.

O atendimento na unidade foi interrompido por uma hora. O posto de atendimento ao cliente, que abriria às 13h30min, voltou a atender uma hora depois.

Na semana passada, os deputados aprovaram o texto-base do projeto que regulamenta e amplia a terceirização a qualquer área de atuação das empresas — inclusive o serviço principal, chamado de atividade-fim. Atualmente, somente as atividades-meio (como limpeza, manutenção e vigilância) podem ser terceirizadas, conforme súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

As principais polêmicas ficaram para esta quarta-feira. Entre elas, está o destaque do PT que pretende proibir a terceirização em todas as áreas da empresa — principal mudança prevista no projeto de lei.

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