Gráficos mostram a evolucão e sinais de decréscimo da Covid em Alegrete

Um trabalho minucioso que foi desenvolvido pelo bacharel em Direto e músico, Marco Dorneles Rego, tem sido uma referência para o Município.  Com a seriedade e a competência do alegretense ele galgou espaço e reconhecimento na Prefeitura Municipal, Santa Casa e 10ª CRS, na cidade.

Os gráficos desenvolvidos por Marco demonstraram de forma real e muito objetiva a evolução e parâmetros do vírus em relação aos municípios da R03, outros Estados e países. Informações que auxiliaram a equipe médica,  Comitê de enfrentamento à Covid-19, entre outros. O trabalho,  voluntário, teve reflexo em toda comunidade alegretense.

Assim que surgiu o primeiro caso confirmado da Covid-19 na cidade, dia 1° de abril, Marco passou a desenvolver um estudo estatístico sobre o comportamento da pandemia e elaborou gráficos que avaliaram o crescimento de contágio do vírus na cidade.  As informações sempre foram suficientes para observar as nuances dos contágios. Com os indicadores atuais e o decréscimo dos positivados nas últimas semanas, é possível vislumbrar um período de ascensão nos pacientes curados.

Se comparados, os meses de julho e agosto, o total de casos há 30 dias eram 177 confirmados, 5 óbitos, 120 recuperados, 2045 testes realizados. Entretanto, no final da tarde de ontem, o fechamento do mês  de agosto foi de 245 confirmados, 4 óbitos, 221 recuperados, 2415 testes realizados.

O gráfico acima mostra a média móvel semanal. Neste dia 1° fechamos a 22ª semana desde o início da pandemia.  Ele mostra um forte avanço da contaminação entre a 16ª e 17ª semanas e consequentemente uma queda abrupta a partir do ”pico” que deu -se na 19ª semana. Neste período, a média de pessoas confirmadas por dia foi de 10,8.

Já o próximo gráfico  vai destacar a incidência por faixa etária (desde o início e atualizada até dia 24 de agosto, quando o alegretense recebeu o último boletim da epidemiologia).


Ao completar a 22ª semana epidemiológica,  com um número superior de recuperados em relação aos positivados é um parâmetro positivo, embora não seja um sinal de trégua e, sim, uma demonstração de que o pior aparentemente já passou – comentou Marco.

Entretanto, estes registros são do momento atual e, como se trata de uma pandemia, não estamos livres de um novo surto.

“Devemos esperar pela segunda onda que inevitavelmente teremos de enfrentar , pois assim foi em toda a parte do mundo e, Alegrete não será uma exceção” – lembrou Marco.

Portanto,  a importância de todos os cuidados e das medidas já adotadas, seguem indispensáveis para que não haja um acréscimo maior de casos e o colapso na rede saúde.

Colapso que foi evitado nesta primeira etapa em razão do trabalho incansável de todas as frentes. Rede de saúde, gestão municipal entre outros. Além do trabalho voluntário do alegretense que mostrou com o que inicialmente era apenas uma curiosidade, a forma em que o vírus estava se comportamento na cidade.

Sendo assim, o uso da máscara,  higiene pessoal e distanciamento controlado serão regras até o surgimento de uma vacina. “A única forma, até o momento, da situação não se tornar caótica e assim darmos tempo dos órgãos de saúde irem ”escoando” a entrada de pacientes com necessidades hospitalares” – falou.

Dando sequência aos gráficos, este acima,  mostra a média diária de contaminações. Nele, também é possível perceber o período de ascendência e de declínio dos positivados neste mês de agosto.  O período em que houve o primeiro pico do virus onde em um único dia o município registrou 23 casos novos da Covid-19.  Comparando apenas com os casos recuperados na noite de ontem houve 22 casos de pacientes recuperados.  Outro dado que chama atenção,  é que quase em sua totalidade, os pacientes têm sintomas leves os que permanecem em isolamento domiciliar.

O mês de agosto encerrou com mais um óbito para Alegrete e 490 casos confirmados, com 372 recuperados, 104 ativos (9 em isolamento domiciliar e 5 hospitalizados). O total de mortes pelo novo coronavírus chegou a 14.

Até o momento, 5.065 pessoas foram testadas, sendo 4.540 negativos, 490 positivos e 35 aguardando resultado. Em observação com síndrome gripal são 233 pessoas.

Flaviane Antolini Favero