Grupo de lojistas apoia a manifestação e diz que comércio fechado só aumenta a crise

Empresários de várias cidades gaúchas e de Porto Alegre fizeram uma manifestação em frente ao Palácio Piratini no dia 10.

Pedindo que se reveja e avalie as medidas da bandeira preta e reabra, com restrições, o comércio visto que os prejuízos estão grandes ao setor, para eles o mais prejudicado. Eles não aceitam mais as empresas com portas fechadas, porque tem aluguel, impostos e trabalhadores para manter .

A empresária Clélia Aurélio diz que a situação está muito difícil e foram os primeiros a seguir com rigidez os protocolos e não são culpados por esta situação. Não dá mais para impedir as pessoas de trabalharem. Ela lembrou que o funcionalismo está em dia com que dinheiro, pondera. O que fizeram com os recursos que vieram do Governo Federal e porque não investiram na saúde.

-Quem pensou no pequeno empresário que está há um ano sem poder trabalhar, quem criou alguma coisa para ajudar a classe que está pagando caro por esta bandeira preta, disparou.

Outro empresário de Alegrete, do setor de calçados, acredita que lojas fechadas não ajudam a frear a pandemia, e eles poderiam reabrir com restrições ainda mais rígidas, já que sempre obedecerem os protocolos e poderiam atender de forma que um entrasse por vez. Se todos continuarem fechados só aumenta o desemprego e mais crise, aponta.

Para a Fecomércio é preocupante a ampliação das medidas restritivas para o comércio e serviços no Rio Grande do Sul, diante da falta de evidências de que as atividades destas empresas tenham relação com o aumento do contágio pela Covid-19. Sem possibilidade de abertura parcial, mesmo seguindo rígidos protocolos de higiene e distanciamento, e na ausência de alternativas para garantir a viabilidade destes negócios, a Federação alerta para o agravamento do desemprego, com reflexos diretos na saúde e no bem-estar da população.

Ciente da gravidade do quadro e da urgência de conter a disseminação do coronavírus, a Fecomércio-RS enviou ao governador Eduardo Leite sugestões de modificação do protocolo da bandeira preta para que as medidas sejam mais efetivas e direcionadas aos fatores que podem ter relação com a súbita elevação das contaminações. De acordo com o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, o comércio tem interesse e disponibilidade em participar do esforço para conter a pandemia: “Durante o segundo semestre de 2020, o quadro de internações não teve picos como observado agora, tendo o comércio gaúcho colaborado para promover a cultura do uso de máscaras, distanciamento e higienização. No entanto, não tivemos abertura para expor diretamente as sugestões do setor ao governador antes da elaboração do decreto desta sexta-feira”, afirma Bohn.

Aglomerações em espaços públicos e em ambientes residenciais durante as festas de fim de ano, verão e carnaval podem ser apontados como os principais comportamentos de risco observados nas últimas semanas. Por isso, a Fecomércio-RS apoia medidas que restrinjam a circulação em determinados horários, que impeçam as aglomerações e que limitem a ocupação dos espaços. Mas a entidade se manifesta contrária a restrições desproporcionais, que trazem pouco impacto no combate à pandemia e graves prejuízos econômicos e sociais.

Vera Soares Pedroso

Com informações da Fecomércio