Hospital de Clínicas de Porto Alegre restringe atendimentos; leitos Covid estão quase com ocupação máxima

Unidade cancelou cirurgias que demandam leitos de CTI até sábado (20) e suspendeu internações clínicas eletivas.

Hospital de Clínicas de Porto Alegre anunciou, nesta quarta-feira (17), a restrição de algumas atividades em razão do aumento da ocupação dos leitos destinados a pacientes com coronavírus. As cirurgias que demandam leitos de CTI foram canceladas até sábado (20). Já as internações clínicas eletivas foram suspensas por tempo indeterminado.

Segundo a instituição, 84 dos 87 leitos críticos dedicados à Covid-19 estão ocupados.

A enfermaria, com capacidade inicial de 28 pessoas, precisou aumentar o número de vagas nos últimos dias. Nesta quarta, já eram 33 pacientes internados em 34 leitos. A direção do hospital espera abrir mais seis vagas ao longo do dia, ampliando a capacidade para 40 pessoas.

Procedimentos adotados

 

Conforme a coordenadora do Grupo de Enfrentamento ao Coronavírus do Clínicas, Beatriz Schaan, a restrição nos atendimentos visa garantir leitos críticos e clínicos caso aumente a procura de pacientes com Covid-19.

“O paciente que está na UTI Covid e deixa de ser contaminante pode ser transferido para a UTI não-Covid, vagando um leito para trazer mais pacientes externos”, explicou.

 

Outra possibilidade, apontou a médica, é obter a transferência dos internados para outros hospitais via sistema municipal de regulação de leitos.

Nova variante

 

Beatriz Schaan diz ser cedo para determinar o motivo da alta procura por atendimento, mas que uma possibilidade seria a suspeita de circulação da variante brasileira, classificada como P1, em Porto Alegre.

“Nós não temos nenhuma evidência, nenhum resultado que mostre a circulação dessa variante na cidade, mas é uma possibilidade para ter havido esse crescimento tão grande de uma semana para cá”, afirmou.

 

A Capital tem 82,8% dos leitos de UTI adulto ocupados, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde reunidos nesta quarta-feira.

Fonte: G1