
No entanto, nem sempre essa rapidez é pautada pelo bom senso e pela sensibilidade. Um exemplo recente e chocante ressalta a necessidade de refletir sobre os limites éticos e morais no compartilhamento de informações sensíveis.
Na tarde da última quarta-feira(16), uma trágica notícia abalou a família Pinto dos Santos, quando o corpo queimado de Flavio Pinto dos Santos, de 28 anos, foi descoberto por seus familiares em uma área de mata no bairro Canudos. A dor da perda já é uma carga emocional devastadora por si só, mas a situação se agravou quando a imagem do corpo foi exposta em grupos de WhatsApp e no Facebook.
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A irmã de Flavio, Viviane Pinto, entrou em contato com o PAT, para expressar sua indignação diante da divulgação insensível da imagem. Para ela, a situação representa um ato impiedoso, inescrupuloso e desumano. Essa exposição desautorizada não apenas desrespeita o luto da família, mas também pode acarretar complicações legais para aqueles que compartilham o conteúdo.
O “vilipêndio de cadáver”, é um crime tipificado pelo artigo 212 do Código Penal Brasileiro. A pena prevista para esse delito varia de um a três anos de detenção, além de multa. O impacto emocional de ver uma imagem tão perturbadora circulando nas redes sociais só amplifica o sofrimento daqueles que já estão sofrendo.
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A família de Flavio Pinto dos Santos já estava vivendo um verdadeiro pesadelo desde o seu desaparecimento no início do mês. A busca incansável por respostas e a angústia de não saber o paradeiro de um ente querido foram experiências profundamente dolorosas. Viviane, a irmã enlutada, sentiu o horror que se abateu sobre a família quando soube da descoberta do corpo, e a crueldade de ver a imagem viralizar nas redes sociais.
