Mãe é presa por suspeita de torturar filho de 7 anos em São Borja

Investigação, ainda preliminar, dá conta de que menino era ameaçado de agressões físicas quando pedia comida. Além disso, apresentava diversos ferimentos pelo corpo.

A Polícia Civil prendeu em flagrante, na sexta-feira (22), uma mãe de 24 anos que é suspeita de torturar o filho de 7 anos em São Borja, na Fronteira Oeste do estado. A identidade dela não foi divulgada pela polícia para preservar o menino.

A prisão em flagrante foi convertida em preventiva neste sábado (23) pela Justiça a pedido da Polícia Civil. Dessa forma, a mulher deve permanecer presa pelo menos até o término das investigações, segundo o delegado Dieison Anderson Garcia Novroth, titular da Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) de São Borja e responsável pelas investigações.

A prisão foi pelo crime de “tortura castigo”, ou seja, quando uma pessoa submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, segundo a legislação brasileira.

Novroth não entra em detalhes do caso, pois as investigações estão em fase preliminar e se trata de violência contra uma criança, mas diz que a mãe do menino foi presa porque ela “agredia corriqueiramente a criança, física e psicologicamente, de forma a causar sofrimento intenso”.

“Testemunhas relataram que a criança saia de casa no começo da manhã e voltava só de noite porque não queria ficar por lá. Há informações de que a mãe ameaçava bater no no filho quando ele pedia comida. Ele apresentava diversos ferimentos pelo corpo, o que indica violência física corriqueira além da psicológica. Ele sequer estava matriculado em uma escola e buscava abrigo na casa de vizinhos, o que motivou as denúncias”, relata o delegado.

O delegado Novroth conta que a polícia tem notícias de agressões de até um mês atrás, mas vai investigar se a violência contra o menino tem mais tempo.

Após ser presa, a mãe foi levada para a delegacia de polícia de São Borja. Junto de um advogado, ela optou por ficar em silêncio durante o interrogatório. Ela permanece presa no Presídio Estadual de São Borja.

A criança está aos cuidados do Conselho Tutelar. Não se tem notícias do pai biológico do menino. A mãe dele tem um companheiro, mas ele não foi localizado ainda para prestar depoimento.

Fonte: G1

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