“Mais empatia, por favor”, pede técnica de enfermagem do gripário

“O essencial não é o que você guarda, é o que oferece e como oferece.” Chico Xavier

“Mais empatia, por favor”, pede técnica de enfermagem do gripário
“Mais empatia, por favor”, pede técnica de enfermagem do gripário

Dese o início do ano, uma nova onda do vírus, seja Covid-19, Ômicron ou a variante que for, está novamente assolando o mundo. Em todos os cantos se lê ou ouve falar de alguma situação relacionada. A diferença, desta vez, é que a transmissão da Ômicron é muito mais veloz e, a cada 1 infectado, no mínimo mais 8 também acabam positivados. Isso muitas vezes tem a barreira de todos os cuidados, porém, mesmo assim, às vezes a contaminação acontece.

Em Alegrete, desde o último dia 6, o Gripário passou a funcionar devido a grande demanda, o que gerava uma superlotação na UPA. Reaberto, o início do atendimento era das 12h às 21h, com o passar dos dias, a situação mudou e, hoje, atende das 14h às 19h na triagem e até às 21h os pacientes que ainda estão no ginásio do IEEOA.

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Entre os vários depoimentos muitos considerando que o atendimento não é bom, que tem falhas, entre tantas outras queixas. Também há aqueles que elogiam e agradecem por todo trabalho da equipe de profissionais que está ali.

Mas um dos últimos relatos chegou até o PAT nesta semana e a pessoa que foi consultar acrescentou: “fiquei chocada com a falta de sensibilidade das pessoas, com a falta de empatia e com a forma agressiva que algumas tratam os profissionais. Poxa, eles estão ali para atender a todos e fazem isso, procuram organizar com aqueles que já têm o teste positivo com os que são assintomáticos ou que estão com sintomas. Falta reconhecimento, falta gratidão” – concluiu.

Após esse relato a reportagem recebeu o desabafo de uma técnica em enfermagem que está atuando no gripário. Fica explícito o que estão passando e que muitas pessoas não percebem, todos somos humanos, inclusive esses profissionais que estão há mais de dois anos nesta luta incansável e incessante contra o vírus.

Confira o que Sumára Domingues descreveu. Ela disse ao PAT que o texto é dela mas representa todos.

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Ano passado quando abrimos o gripário me afastei da minha família, fui ajudar pessoas que estavam, também, precisando de mim.

Agora, novamente, o gripário teve que ser reaberto, me afastei da minha família novamente.

Porém, o cenário é outro, estou vendo colegas positivando e tendo que se afastar e unidades de saúde fechando por falta de funcionários. Por incrível que possa parecer, em todo o tempo que estivemos no gripário, ano passado,nenhum colega da linha de frente positivou. Somos humanos, também, cansamos, sentimos sede, calor, e tem as nossas necessidades, mas não nos permitimos adoecer.

E quando isso acontece, perdemos o chão. Peço que todos tenham calma e que possamos passar por mais essa…mais empatia por favor, estamos no limite- encerra.

Atualmente uma ESF, do bairro Macedo, está fechada e cerca de 55% do quadro de funcionários da Secretaria de Saúde estão positivados. A equipe trabalha no limite de todos os esforços para atender a todos.

A Secretária de Saúde, acrescenta que apenas o médico da ESF não positivou e está atendendo na ESF do bairro boa Vista. Os pacientes que precisarem de consulta deverão se dirigir até o ESF Boa Vista ou PAM. Ela cita que o fechamento ocorre até a próxima terça -feira, pois são cinco dias após a confirmação que os profissionais podem retornar às atividades.

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Glória Noronha

É muito descaramento o povo se aglomera, não usa máscara, não se cuida,e ainda reclama dos enfermeiros do gripario e da UPA? A prefeitura disponibiliza vacinas, aumentou a enfermagem apta a vacinar,quem não se cuida deveria era calar a boca e aceitar que são sortudos, Alegrete conteve a primeira onda com vacinação,quem não tem responsabilidade é o povinho que prefere festas, juntamentos,que morram em casa,e não contaminem mais ninguém