“É uma homenagem a pessoa que dedicou a sua vida para amar a família e teve uma das mais lindas demonstrações de amor que foi me adotar. Eu tive a melhor mãe que poderia e sempre fui muito acolhida e recebi tudo que pode ser essencial para que uma pessoa tenha discernimento do que é correto e o quanto é importante ter fé. Minha mãe era uma mulher de muita fé” – disse Emilli Francine ao falar um pouco sobre a mãe adotiva que faleceu recentemente de uma parada cardiorrespiratória.
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A história de vida de Maria do Horto Naymaier Pereira é uma grande demonstração de fé. Ela casou-se com Edgar Vargas Pereira, em 1981 e sempre teve o grande sonho de ser mãe, inclusive, o trabalho durante muitos anos foi com uma ginecologista. Por esse motivo, a ansiedade era ainda maior ao se deparar com muitas mulheres gestantes.
Contudo, o diagnóstico de útero infantil a deixou derrotada, pois não poderia engravidar, e assim, por muito tempo, cerca de 10 anos teve muitas tentativas frustradas, até que ela decidiu adotar a filha de uma amiga, uma colega de escola. Emilli Francine foi para residência de Maria do Horto com apenas uma semana de vida.
O diagnóstico de útero infantil foi realizada pela médica que ela trabalha e, à época, se ofereceu para fazer exames. Mesmo assim, Maria do Horto não perdeu as esperanças e procurou outros profissionais que também deram pareceres negativos quanto à gravidez, um inclusive falou que ela já estava com idade avançada e por estar acima do peso, também implicaria numa eventual gestação.
Até que, iniciaram as mudanças. “Meu pai já estava na Igreja da Graça e minha mãe passou a frequenta-la. Ela contava que um mês depois, sentiu vontade de acompanhá-lo e foi assim que conheceu o Senhor Jesus. Neste período, já estavam com 15 anos de casados”- conta Emilli.
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Em um certo dia, no culto, Maria ouviu atentamento o Pastor falar sobre uma mulher estéril que pediu a Deus a dádiva de ser mãe e foi atendida, nascendo assim, o profeta Samuel – Primeiro Livro de Samuel.
Depois daquela fala, a alegretense decidiu que também iria orar e pedir a Deus que a abençoasse com a alegria de ser mãe, e desta forma, ela e o esposo passaram a orar, acreditando que o milagre não seria apenas para o povo de Israel.
Na consagração de novembro de 1998, Maria pegou o projeto de vida para o ano seguinte e clamou a Deus que aumentasse a sua família. Um mês depois, ela estava grávida.
Em agosto de 1999, nasceu o primeiro filho homem de Maria, pesando quase 5kg(4.700kg) – Edgar Junior, com 50cm, e por coincidência pelas mãos de um dos médicos que tinha sido taxativo ao dizer que ela não poderia engravidar. Quando o bebê nasceu, foi atração no hospital Santa Casa, pelo tamanho – era um bebê gigante – lembra Emilli que neste período estava com 10 anos.
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Pouco tempo depois, mais uma dádiva para a mulher de útero infantil, um outro menino gerado por ela que nasceu ainda mais pesado, que o primogênito(biológico), com peso superior a 5kg. Este, chama-se Érico Matheus.
Maria do Horto foi notícia em jornais da Igreja da Graça, à época por ser a mulher de útero infantil que diante da sua fé teve gestações saudáveis, partos tranquilos e realizou o sonho de ser mãe, adotando uma menina e gerando dois meninos. Ela deu o seu testemunho.
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“Minha mãe sempre foi uma mulher incrível que era muito querida por todos na Igreja e por quem a conhecia. Ela era uma mãezona e sempre me deu muito amor, da mesma forma, para meus irmãos. Agora, quando ficou doente, ela não tinha comentado nada, não gostava de preocupar ninguém. Então, foi para o hospital e acabou falecendo três dias depois de ser internada, com uma parada cardiorrespiratória. Não poderia deixar de falar sobre essa pessoa que lutou muito por mim e pelos meus irmãos. Que tinha essa fé inabalável.
Eu conheço minha mãe biológica, converso com ela, e nesta semana a agradeci por ter tomado a decisão de me colocar para a adoção me entregando para minha mãe adotiva que será para sempre minha luz. Ela sempre tinha a preocupação de enviar uma mensagem para os filhos assim que passava meia-noite do aniversário de qualquer um de nós, e fazíamos o mesmo. Inclusive no último eu coloquei uma mensagem em que disse que se pudesse fazer um pedido a Deus, seria para que ela fosse eterna. Hoje, entendo que ela é e sempre será, dentro de nosso corações e que está em paz, com a mesma paz que deixou aqui conosco pois está com Deus”- encerrou Emilli.