Matilde, fisiologista do Peñarol, representa a força feminina no 42º Efipan

Num ambiente amplamente dominado por homens, se sobressai uma representante feminina no maior evento de futebol infantil pan-americano.

Entre os dirigentes técnicos das dez delegações que participam do 42º Efipan, somente uma mulher marca presença nesta edição de 2023. A uruguaia Matilde Lucilia Gonzalez Neyria integra a equipe do Peñarol.

A delegação do Grêmio trouxe uma coordenadora, Bruna Almada de Oliveira Lopes, mas em virtude do planejamento do clube ela acabou trabalhando só na fase inicial da competição.

Aos 37 anos, natural de Montevidéu, Matilde está no clube desde 2021, e atua como fisiologista. É dela a função na parte de prevenção, recuperação de lesões e readaptação desportiva do elenco Sub-14.

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Encarregada da hidratação diária dos atletas, cuida da parte física desde a programação diária e ainda é responsável pela conversa com os meninos sobre respeito, compromisso, companheirismo e responsabilidades no dia a dia.

Matilde atrai olhares, com o cabelo preso e um boné do clube é considerada a musa do evento por sua beleza. Mas prefere fazer o seu trabalho e tem um comprometimento muito grande. Em dia de jogo, ela perde a conta de quantas garrafas de água prepara para hidratação. Avalia as condições dos jogadores para o jogo, e se for necessário, ataca de massagista.

Assim que a bola rola, no banco Matilde fica junto ao médico atenta a cada lance se precisar uma assistência. Com a temperatura elevada, ela vai colocando gelo nas garrafinhas para manter uma temperatura boa.

Pós jogo, Matilde realiza junto ao professor, a sessão de crioterapia para os meninos e técnicas de recuperação, tudo isto, para deixar o time pronto para o compromisso.

Formada em fisioterapia, e responsável pela parte de fisiologia da categoria Sub-15 do clube uruguaio, Matilde se dedica a trabalhar só no departamento médico do clube, sem outras demandas laborais.

Esta é o primeiro Efipan na carreira dela, e resume num torneio muito competitivo. Sobre a cidade gostou muito, tirando o calor. “A cidade é muito quente. Tem gente muito amigável, mas pelo calor e trabalho não podemos passear muito”, comenta sorrindo a profissional.

Também pudera no dia da entrevista, o Peñarol de Matilde disputou o clássico uruguaio contra o Defensor num calor próximo aos 40ºC à beira do campo.

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