Os números também apontam crescimento dos casos de sífilis em homens, mulheres e gestantes.
Durante a campanha Dezembro Vermelho, voltada à conscientização sobre a prevenção do HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) destaca que essas infecções, se não tratadas, podem causar lesões nos órgãos genitais, infertilidade, doenças neurológicas, cardiovasculares e até câncer, como o de útero e pênis.
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Nesta sexta-feira (1º), em Alegrete, a Secretaria de Saúde instalou uma unidade móvel no calçadão Hélio Ricciardi para conscientizar a população sobre cuidados e práticas de prevenção. A cidade registra 0,4% da população contaminada pelo HIV, com 4 novos casos na última semana. Apenas 380 dos pacientes estão seguindo o tratamento recomendado.
Durante o início da Campanha Dezembro Vermelho, foram realizados cerca de 50 exames em 4h de ação no centro da cidade, incluindo testes de Hepatite, HIV/aids e Sífilis. A Sociedade Médica esclarecerá dúvidas sobre ISTs ao longo de dezembro por meio de lives, posts e vídeos nas redes sociais (@portaldaurologia).
Apesar de o SUS oferecer a vacinação contra o HPV para meninos e meninas de 9 a 14 anos, a cobertura da segunda dose está em 27,7% entre os meninos e 54,3% entre as meninas, ainda abaixo dos 95% recomendados.
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Karin Jaeger Anzolch, diretora de Comunicação da SBU, destaca que o uso de preservativos tem diminuído nos últimos anos, enquanto a transmissão de ISTs permanece alta. A campanha Dezembro Vermelho visa alertar e instruir a população sobre a importância da prevenção.
As ISTs, como herpes genital, sífilis, HPV, HIV/aids, cancro mole, hepatites B e C, gonorreia, clamídia, doença inflamatória pélvica, linfogranuloma venéreo e tricomoníase, podem ser assintomáticas no estágio inicial, atrasando o tratamento e aumentando as complicações. O preservativo e a vacinação contra HPV e hepatite continuam sendo as melhores formas de prevenção.
Estatísticas do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022 apontam queda nos infectados, exceto entre homens de 15 a 29 anos. Em 2021, houve 28.967 infecções entre 15 e 39 anos. Karin Anzolch destaca a preocupação com a resistência aos tratamentos e ressalta a importância de falar sobre o tema, principalmente entre os jovens.
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Desde o início da epidemia de aids em 1980 até 2021, foram registrados 371.744 óbitos no Brasil, com a maior proporção no Sudeste (56,6%). Em relação à sífilis, o Boletim Epidemiológico Sífilis 2023 indica aumento nos casos, principalmente na Região Sudeste, com 248.741 casos registrados. Medidas como educação, conscientização, acesso facilitado a testes e tratamentos são recomendadas para combater a sífilis.
A vacinação contra o HPV é fundamental na prevenção de cânceres como colo de útero, ânus, vulva, vagina, orofaringe e pênis. A campanha #Vemprouro, realizada pela SBU, busca conscientizar sobre a importância da imunização. A médica Karin destaca que a cobertura da vacina ainda está abaixo da meta recomendada de 95%, especialmente entre os meninos. A vacina está disponível no SUS para meninos e meninas de 9 a 14 anos, além de pessoas imunossuprimidas, com a faixa etária estendida para até 45 anos.
O HPV, muitas vezes assintomático, pode levar a cânceres de colo de útero e pênis. Em 2021, foram registradas mais de 6 mil mortes de mulheres devido ao câncer de colo de útero. O câncer de pênis resultou em 7.790 amputações de pênis de 2007 a 2022. A conscientização, a vacinação e o uso de preservativos são fundamentais na prevenção dessas doenças.