Moradores de rua: muitos não aceitam regras e cumprimento de horário na Casa de Passagem

A casa de passagem é uma alternativa para os moradores de rua escaparem do frio que se intensifica nos meses de inverno.

No entanto, parte da população de rua ainda prefere dormir em praças e calçadas, com seus cobertores, camas forjadas com papelão e até mesmo ao relento. Ainda que expostos à umidade das noites, algumas pessoas trocam as camas quentes dos albergues por aquilo que eles julgam que é indispensável: a liberdade.

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Apesar dos esforços das equipes da Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde, Ronda Social e redutores de danos, muitos indivíduos em situação de rua resistem a serem auxiliados. Alguns deles são encaminhados para o CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) para iniciar tratamento ou são internados na ala psiquiátrica da Santa Casa de Alegrete. No entanto, assim que o período de hospitalização é concluído, eles retornam para a mesma rotina.

Os frequentadores das ruas, na maioria dos casos, possuem família, mas já não conseguem aceitar as regras e o convívio familiar se torna impossível. Dessa forma, eles preferem viver nas ruas. Esses indivíduos que fazem uso das ruas como “lar” geralmente são dependentes de álcool ou drogas, muitas vezes das duas substâncias.

A casa de passagem de Alegrete é uma das opções disponíveis para essas pessoas em situação de rua, contudo, parte delas prefere enfrentar o frio a dormir no albergue devido a algumas normas ou restrições presentes. Cada pessoa tem suas próprias motivações e razões para optar por essa vida na rua, e muitas vezes é um desafio convencê-las a aceitar ajuda e abrigo.

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É importante ressaltar que há diferenças entre as pessoas em situação de rua e os moradores de rua. As pessoas em situação de rua são aquelas que passam as noites dormindo em praças, calçadas e até mesmo em locais abandonados, como prédios e casas abandonadas. Já a denominação “moradores de rua” se refere a grupos de pessoas que possuem vivências e razões diferentes para estarem nessa situação.

Apesar das diferentes origens e motivações, há fatores que unem essas pessoas, como a falta de uma moradia fixa, a ausência de um lugar para dormir temporária ou permanentemente, e os vínculos familiares que foram interrompidos ou fragilizados.

Durante todo o ano, as rondas noturnas realizam suas atividades, mas é no período do inverno que essas ações são intensificadas. A principal missão dessas equipes é garantir que nenhuma pessoa seja deixada desamparada nas ruas durante as noites geladas. Para isso, caso algum indivíduo em situação de rua não aceite ir para um abrigo ou casa de passagem, a equipe da ronda social providencia alimentos e cobertores para oferecer algum conforto e amenizar o impacto do frio.

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