Motorista de ônibus, com alunos em pé vindos do IFFar, foi multado

A empresa salienta que tem carro reserva para caso de pane e buscar alunos-bastava ser acionada

Alunos dos cursos noturnos do IFFAr passaram por uma situação difícil no dia 14, quando retornavam do Instituto. Eles relatam que um carro da rota 1, destinado a suprir a quantidade de alunos, quebrou no meio da estrada e todos os estudantes que estavam neste ônibus precisaram descer sob chuva para trocar para os outros dois ônibus (rotas 2 e 3). O resultado foi que a rota 3 acabou ficando superlotada, com aproximadamente 15 alunos em pé no ônibus, o que não é permitido por lei em rodovias estaduais como a RS-377.

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Alguém acionou o Pelotão Rodoviário Estadual, cujo posto está localizado na rodovia, bem próximo a Alegrete. Eles prontamente foram ao encontro dos ônibus e pararam os dois que estavam em circulação. Por questões de segurança, todos os alunos que estavam em pé foram solicitados a descer dos ônibus.

Esses estudantes tiveram que aguardar no posto da polícia por outro veículo para poderem retornar para casa, já por volta da meia-noite e em meio a forte chuva, conforme relatado pelos estudantes.

Além disso, um aluno relata que o motorista da rota 3 ficou irritado com a denúncia e proferiu, entre outras coisas, que “da próxima vez nos deixaria no IFFar” e que “se descobrisse quem denunciou, não permitiria mais que essa pessoa utilizasse o transporte”.

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O Grêmio Estudantil do IFFar, em nota, afirma que os alunos foram instruídos a descer na chuva para chegarem em suas casas, em uma estrada sem acostamento e sem iluminação, à meia-noite. É inadmissível que, com o valor exorbitante de R$ 14,50, os ônibus não recebam sequer a manutenção necessária. Cerca de 15 alunos estavam em pé, sem cinto de segurança, e relataram ter recebido ameaças de um funcionário da empresa.

A empresa Fronteira D’Oeste esclareceu que um dos ônibus dessa linha teve uma pane elétrica perto da Palma, e o motorista, para ajudar os alunos, dividiu um grupo entre um carro que tinha espaço e o outro. Em razão dessa situação, alguns alunos tiveram que viajar em pé. Uma aluna teria denunciado a situação ao Pelotão Rodoviário Estadual, que abordou os veículos. A empresa possui um carro reserva que, se tivesse sido acionado, teria buscado os alunos, explicou Cleiton Cajuru.

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