Postar documentos perdidos em rede social pode gerar sérios problemas

Postar  endereço de casa, fotos de documentos como CPF, Carteira de Identidade, Carteira nacional de Habilitação entre outros,não é seguro, em redes sociais. A exposição de dados como esses nas principais redes sociais, como o Facebook, Instagram e o Twitter podem causar perigos no mundo virtual e também no real. Isso porque pessoas mal intencionadas podem coletar os dados em posts aparentemente inocentes para fraudar compras online ou cometer crimes mais graves como roubo e sequestro. Esta é uma recomendação de todos os órgãos de segurança. Porém, muitas vezes, algumas pessoas na intenção de ajudar acabam cometendo este erro. Muito comum, quando alguém encontra uma carteira com documentos ou até mesmo algum documento específico, postar em sua rede social na tentativa de localizar o dono. Mas a ação inocente pode gerar uma enorme dor de cabeça para o proprietário, caso seus dados pessoais como CPF, RG, data de nascimento, entre outros, forem expostos. O correto é sempre colocar uma tarja e manter apenas a foto e o nome da pessoa.

 

Um caso que comprova esse risco aconteceu em Alegrete. Um comerciante perdeu sua CNH em fevereiro deste ano. Depois de uma hora, aproximadamente, ele foi avisado que uma pessoa havia feito uma publicação no Facebook com a sua Carteira de Motorista,  pois tinha encontrado na rua. Imediatamente, ele entrou em contato e a pessoa gentilmente a devolveu. Tudo, até então, evidenciando apenas o gesto solidário e a empatia da senhora que localizou. Entretanto, passado quase dois meses do episódio, o comerciante foi surpreendido ao saber que tinha sido realizada a solicitação de uma linha de internet no bairro Vila Nova, com todos os seus dados. Ao verificar o endereço, ficou sabendo se tratar de um indivíduo já conhecido, inclusive no meio policial, por dar golpes via internet. A vítima foi à delegacia e registrou um boletim de ocorrência, que usou para cancelar a instalação da linha. Durante o registro destacou que tudo indica que o acesso do indivíduo aos seus dados tenha sido na postagem que a senhora realizou, inocentemente, dois meses antes.

Após o registro, o comerciante entrou em contato com o PAT, pois acredita que essa situação pode servir de alerta para muitas pessoas.