Prefeitura projeta um 2022 de muitas obras e melhoria nos serviços

O ano de 2021 foi de muita luta e esforço para ultrapassar a pandemia. Como gestor, o prefeito de Alegrete Márcio Fonseca do Amaral teve que encarar diversas situações para combater o alastramento do vírus que ceifou a vida de 299 alegretenses (dados do último dia 7).

Além desse gigantesco obstáculo, foi preciso atender as demandas de uma cidade de mais de 73 mil habitantes, conforme o último censo do IBGE. O município que carece de mais investimentos na saúde, educação e infraestrutura de ruas e estradas, ganhou um olhar diferenciado pelo prefeito que busca melhorar a vida da comunidade.

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A cidade que está prestes a ganhar um moderno parque na Zona Leste, se reinventa para atrair mais investimentos. E, foi pensando nisso, que a reportagem do PAT entrevistou o prefeito para saber o que esperar de 2022. Confira a entrevista completa:

Prefeito, como o senhor analisa o ano de 2021 em relação a obras e realizações da prefeitura?

A Covid foi o tema principal que tratamos. Eu sempre tenho dito e repetido que para nós a saúde das pessoas está em primeiro lugar, mas não podemos descuidar da economia. Nós sabemos que se não houver crescimento econômico a proteção social inexiste. Há muitas coisas para melhorar, como escolas de educação infantil, tapar buracos, asfaltar mais ruas, acabar com as filas de exames, além de melhorar a educação, é claro. Mas o nosso grande esforço inicial foi garantir que a vacina contra a Covid-19 chegasse ao nosso Alegrete para imunizar nossa população, porque só garantindo a segurança vamos poder voltar ao “normal”. Voltar a ter uma vida com o mínimo de tranquilidade, com aulas para os nossos jovens e crianças, sem deixar de lado o lazer, o esporte, a cultura e a qualidade de vida. Agora, sem o giro da economia, nada disso acontece. Queremos que a cidade funcione com todos os protocolos necessários de saúde. Nós fizemos adiantamentos em todos os meses no que diz respeito a folha de pagamento dos servidores, antecipamos o 13º. Ou seja, injetamos dinheiro para circular na economia local.

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Há pendências para o ano que inicia? O que não deu tempo de executar em 2021? 

Tenho certeza que obras como do Arroio Regalado devem finalizar em janeiro. Seria em dezembro, mas, infelizmente, não deu. Porém, as obras estão em processo final. Vamos fazer o primeiro Parque Linear Aldo Fagundes, uma obra esplêndida. Conseguimos aprovar junto ao programa Pavimenta RS, do Governo do Estado, a obra da Avenida Caverá. Destinamos R$ 2,9 milhões para refazer todo o asfalto da via. Criaremos ali outra ciclofaixa. Vamos inaugurar o Centro Especializado em Reabilitação, que atenderá toda a região. Conseguimos reativar o Quiosque. Realizamos pela primeira vez em 60 anos a licitação do Transporte Coletivo. Nosso frigorífico, graças a um forte trabalho da Prefeitura, conseguiu ficar apto a exportar carne para os Estados Unidos. Já temos projetos para a Estação Ferroviária, um espaço social, cultural e de convivência que nossa cidade precisa retomar. Nós vamos trabalhar intensamente para que isso aconteça o mais breve possível. 

Também está na nossa agenda a questão de uma releitura do funcionamento do calçadão.Com toda a certeza, essa é outra ação que está contemplada no nosso plano de governo. O Calçadão tem um grande potencial e precisa ser revitalizado. Temos muitas outras cidades como exemplo para nos inspirarmos. 2022 vai ser muito positivo, com muitas obras e realizações. Quanto a isso, não há dúvidas. 

Qual a situação de projetos como RECAP, Regalado e outros?

Vamos juntos realizar o sonho de cada um e cada uma de Alegrete. Vamos trabalhar manhã, tarde e noite rumo a estes objetivos. Vamos dedicar toda a nossa energia para transformar nossa cidade. Com toda a certeza, o nosso trabalho é também permitir que nossa comunidade não apenas sonhe, mas realize. Vamos trabalhar para fazer diferente e reconstruir nossa autoconfiança, mesmo com a pandemia, novos desafios vão nos tirar da zona de conforto. Essa será a marca do nosso governo. Por isso, nós colocamos muitas ações e ideias no Plano de Governo para buscar alternativas. O Regalado está na fase final. Vamos entregar a obra, possivelmente, em janeiro. Nós buscamos as licenças ambientais junto à FEPAM para dar sequência à obra de revitalização do Arroio Regalado, que está em fase avançada das obras. Sem dúvidas, é um dos mais importantes e complexos projetos realizados em nossa cidade. Além de toda a infraestrutura, o projeto engloba a recuperação ambiental e regularização fundiária do local. Estamos finalizando a construção da Avenida da Integração, via de 2.500 metros que irá interligar a Avenida Brás Faraco com a Rua Daltro Filho às margens do arroio, percorrendo os bairros Prado, Progresso, Vila Grande, Sepé Tiarajú, Vera Cruz e Joaquim Fonseca Milano com ciclofaixa, faixas de rodagem, calçadas e estacionamento. Quanto ao Recap, temos ainda lotes para encaminhar e certamente serão cumpridos os cronogramas para 2022. 

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Manutenção das estradas é um tema sempre recorrente e sempre gera dor de cabeça à Prefeitura em razão da extensão territorial. Algo novo nessa demanda?

Nossas equipes estão atuando em várias frentes, realizando a manutenção e recuperação de estradas do interior do município. Estamos com um bom planejamento para garantir infraestrutura neste período fundamental aos produtores. A partir de 2022, a Secretaria de Agricultura e Pecuária vai ficar responsável pelo serviço, assim a Infraestrutura cuidará muito melhor dos assuntos da cidade para garantir a manutenção e qualidade nas vias principais de escoamento da safra.  

O orçamento da INFRA recebe poucos recursos e tem muito trabalho. Pouca gente e muitas atribuições. Como equacionar isso?

Olha, o orçamento é muito engessado. Saúde e Educação são prioridades. Mas a infraestrutura tem sido tratada com a devida importância  em nossa gestão. Eu queria dizer que a cidade tem muitos desafios na sua infraestrutura. Não se trata apenas de asfalto e pavimentação, mas também da captação de água, de saneamento básico, de transporte, da energia, da iluminação, entre outros. 

O que o povo pode esperar da prefeitura em 2022 quanto às ruas com asfalto deteriorado?

O problema do asfalto em Alegrete é histórico ou até crônico, e também é resultado de medidas que não foram realizadas no passado. É preciso ter planejamento para ações a curto, médio e longo prazo. O asfalto da nossa cidade é velho e precisa de uma intervenção forte. Nunca neguei isso. Pelo contrário, nos empenhamos e trabalhamos muito para buscar recursos para recuperar as nossas ruas. E estes recursos são aplicados de forma criteriosa, a partir de estudo técnico que realizamos e com absoluta transparência. Temos feito isso desde que assumimos. Tenho orgulho de dizer que nossa gestão será uma das que mais investiram. 

Pracinhas?

Estamos em processo de adoção de muitas praças e espaços públicos, por meio de parcerias com a iniciativa privada e com as comunidades. 

Parque Eólico, qual a situação deste projeto?

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) emitiu a Licença Prévia (LP), que assegura a viabilidade ambiental para a construção do Complexo Eólico Três Divisas, na confluência dos municípios de Alegrete, Quaraí e Uruguaiana. Compreendendo a relevância do empreendimento, não só para os municípios abrangidos, mas como para toda região, considero que a licença emitida representa um grande avanço. Estima-se que serão gerados cerca de 200 empregos diretos durante a fase de implantação do empreendimento. 

Em 2022 entramos em um ano com retomada da economia em todos os setores. Como a Prefeitura está preparada para esse cenário?

Eu continuo acreditando naquilo que defendi na eleição passada. Quero fazer a cidade se manter funcionando bem, melhorando os seus serviços no seu sentido mais amplo.

Eu acho que o primeiro dever de uma gestão pública é fazer uma cidade estar funcionando na saúde, na educação, no trânsito, na limpeza, no recolhimento do lixo, na boa água, nas praças bem cuidadas. E, para que esses serviços possam melhorar, é preciso realizar mudanças na gestão. A tecnologia também precisa estar incluída no processo dos serviços da cidade, através das secretarias, resultando em uma integração melhor. Então, nós vamos ter que fazer uma readaptação rápida neste sentido. E a tecnologia precisa estar presente para melhorar os serviços da cidade. Precisamos de um selo de qualidade para aqueles que prestam serviço. Hoje, os prestadores de serviço deixam muito a desejar em muitas áreas. Bom, eles ganham dinheiro, possuem os seus contratos e precisam prestar bons serviços. Esse é o primeiro desafio, melhorar todos os serviços.

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