Quintana se fartou de inspiração com essa prosa numa tarde de domingo

Um encontro com a inocência e simplicidade: o PAT flagrou diálogo entre uma mulher e Mário Quintana na Praça Getúlio Vargas, centro, em Alegrete.

Mário Quintana

Na serenidade de uma ensolarada tarde, um encontro inusitado aconteceu, aproximando a inocência de uma mulher simples e o imortalizado poeta Mário Quintana. Sentada ao lado da estátua do renomado escritor, ela compartilhou palavras de sabedoria e expressou sua indignação diante dos atos de vandalismo que afetaram a obra de arte.

A mulher, com sua marmita de comida caseira, encontrou em Quintana um confidente para compartilhar suas reflexões sobre a vida. Entre mastigações e palavras, ela expressou seu descontentamento com as pessoas que machucam não apenas a estátua, mas também o próximo. Para ela, esse tipo de comportamento era contrário aos valores que carregava consigo.

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A estátua, uma criação do talentoso artista plástico Rossini Rodrigues, foi inaugurada há pouco mais de um ano, em 13 de novembro, na Praça Getúlio Vargas. Desde então, tem sido um ponto de encontro e inspiração para os habitantes de Alegrete e visitantes de todas as partes. Sentar-se ao lado do poeta é uma forma de se conectar com suas palavras, sentir sua presença e deixar-se envolver por sua poesia.

Mário Quintana, conhecido como o “poeta das coisas simples”, deixou um legado inestimável para a literatura brasileira. Escritor modernista, jornalista e tradutor, ele se destaca como um dos maiores poetas do século XX. Sua obra, caracterizada por um estilo prolífico e ao mesmo tempo silencioso, cativou gerações com sua irônica e tocante abordagem de temas universais como a morte, o tempo e a busca pela infância perdida.

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Enquanto a mulher partilhava suas reflexões, também acariciava o “rosto” de Quintana. A figura tornou-se um símbolo de resistência e inspiração para a comunidade local, mesmo sendo alvo da ira e do vandalismo de alguns poucos.

O encontro na praça, entre a simplicidade e a grandiosidade poética, revela que as palavras de Quintana ecoam não apenas nos livros, mas também na mente e no coração daqueles que se permitem ouvir. Naquele momento, a mulher e o poeta se encontraram em uma harmoniosa sintonia, onde a sabedoria da simplicidade se uniu à genialidade das palavras. E assim, a estátua de Mário Quintana permanece como um farol de inspiração, reafirmando seu lugar na memória coletiva de Alegrete e reforçando a importância da arte, da poesia e da preservação do patrimônio cultural.

Diante desse encontro improvável, somos lembrados da força das palavras e da resiliência daqueles que, como Mário Quintana, dedicaram suas vidas à expressão da simplicidade e do encantamento do mundo. Que a estátua na Praça Getúlio Vargas continue a ser um lembrete vivo dessa busca incessante pela beleza e pela compreensão das coisas mais simples que permeiam nossa existência.

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