Réu confesso de feminicídio é condenado a 30 anos em Alegrete

Na manhã desta segunda-feira(28), o Tribunal do Júri da Comarca de Alegrete julgou o caso do feminicídio que abalou a cidade no ano passado.

Luiz Claudio da Silva Soares, de 51 anos, foi condenado a 30 anos de prisão em regime inicial fechado por homicídio qualificado de Nair Terezinha Fernandes Lima, de 45 anos, sua ex-companheira.

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Presidido pelo Juiz de Direito Rafael Echevarria Borba, titular da Vara Criminal da Comarca, o julgamento contou com a presença da família da vítima, que também realizou uma caminhada manifestando repúdio ao crime e exigindo justiça.

O crime ocorreu em 19 de julho de 2022, quando Nair Terezinha foi brutalmente atacada e estrangulada enquanto dormia em sua residência. Luiz Cláudio, após o ato, se apresentou à Delegacia de Polícia, confessando o crime. Apesar da intervenção do Samu, a vítima foi declarada sem vida no local.

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A acusação sustentou que o feminicídio foi perpetrado por motivo fútil, empregando meio cruel e dificultando a defesa da vítima, dada a sua condição no momento do ataque. A pena de 30 anos em regime fechado visa refletir a gravidade do crime e proporcionar justiça à vítima e sua família.

Os filhos da vítima contaram ao PAT que a convivência com Luiz Claudio nunca foi fácil para Nair, citando a pressão psicológica constante. Embora as agressões físicas nunca tenham sido testemunhadas, a pressão psicológica exercida sobre ela era opressiva. Os filhos lembram como a mãe sempre os protegia e cuidava deles, enquanto Luiz Claudio se mostrava indiferente às necessidades familiares.

A família expressou que a justiça foi feita e que Luiz Claudio não ficou impune pela atrocidade cometida. Na época do assassinato, o autor chegou a mencionar o desejo de ser preso, destacando as condições de alimentação e tranquilidade como motivos.

Luiz Claudio permaneceu detido no Presídio de Alegrete desde o assassinato, aguardando o julgamento. A sentença proferida marca um passo importante para a busca de justiça em casos de violência contra a mulher, reforçando a importância de combater o feminicídio e punir os responsáveis ​​de forma adequada.

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