Réus, detentos, que esfaquearam colega no Presídio foram condenados em Sessão do Júri

No 14º julgamento pelo Tribunal do Júri na Comarca de Alegrete, todos os réus foram condenados pela prática do crime hediondo a cumprir pena em regime fechado não sendo reconhecido o direito de recorrerem em liberdade.

No último dia 21 de junho, mais um Juri foi realizado em Alegrete. A sessão iniciou às 9h e encerrou às 19h sendo 12h de trabalho no Tribunal do Júri.

Conforme informações do TRJ, o Ministério Público imputou contra os réus Éverton da Silva Pereira, Richard Soares Antunes e Ronald Dias Trindade a acusação de tentativa de homicídio contra o também apenado na época, Jéferson Borges.

 

A tentativa de homicídio ocorreu no dia 04 de abril de 2018, por volta das 17h10min, na Avenida Eurípedes Brasil Milano, 2449, no Bairro Cidade Alta, no Presídio Estadual de Alegrete.

Constou na acusação que no pátio do Presídio Estadual de Alegrete os réus Éverton, Richard e Ronald esfaquearam a vítima, sendo que o crime não se consumou em razão dos socorros prestados por dois detentos, bem como, pelo atendimento médico eficaz que recebeu.

 

A acusação afirmou que o crime foi cometido por meio cruel mediante golpes de arma branca e recurso que dificultou a defesa do ofendido, pois os acusados estavam em maior número e formaram um círculo em torno da vítima, encurralando-a, tornando sua defesa algo impossível.

 

Na sessão de julgamento realizada foram condenados pela prática do crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado, sendo que o réu Éverton da Silva Pereira foi condenado a cumprir uma pena de 13 (treze) anos e 4 (quatro) meses, o réu Richard Soares Antunes foi condenado a cumprir uma pena de 9 (nove) anos, 5 (cinco) meses e 10 (dez) dias e o réu Ronald Dias Trindade foi condenado a cumprir uma pena de 13 (treze) anos de reclusão.

Todos os réus foram condenados pela prática do crime hediondo a cumprir pena em regime fechado não sendo reconhecido o direito de recorrerem em liberdade.

 

Pelo Ministério Público atuou o Promotor de Justiça Rodrigo Wolf Piton, pela defesa a Defensora Pública Natália Mattos Wild Sarasol, sendo a sessão presidida pelo Juiz de Direito Rafael Echevarria Borba.

Além dos três apenados(no período descrito), no dia em que ocorreu a agressão outros três foram citados pela participação no ato. Estes estão em um processo que se encontra no Tribunal de Justiça aguardando o transcurso do prazo recursal contra a decisão que determinou o julgamento dos réus pelo Tribunal do Júri e mais dois homens que estão com o processo remetido pelo Tribunal de Justiça após confirmar a sentença de pronúncia ao primeiro grau de jurisdição no dia 18/06/2021.