RS pode usar 426 aviões agrícolas para combater os gafanhotos; se eles chegarem ao Estado

Em tempos de pandemia, o risco de uma nuvem  de gafanhotos no país deixou os produtores em alerta  em Alegrete.

Na tarde de ontem (24), a reportagem do PAT recebeu um vídeo do engenheiro agrônomo Leonardo Cera, que é presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Alegrete. Leonardo fala que desde que o alerta foi feito há uma mobilização no país traçando estratégias, caso a nuvem venha atingir o Brasil.

O engenheiro comentou que o governo do Rio Grande do Sul e o Ministério da Agricultura elaboram um protocolo sanitário para conter a nuvem de gafanhotos que avança pela Argentina.

“Em 24h a nuvem se moveu mais 100km e tem a 10km de tamanho. Para se ter uma ideia, uma nuvem dessas de 1km  tem mais de 40 milhões de gafanhotos que podem exterminar aproximadamente o que dois mil bovinos iriam comer’ – explicou.

O governo brasileiro já estuda medidas para controlar os insetos, caso cheguem ao país. O sindicato que representa as empresas de aviação agrícola (Sindag) colocou à disposição do Ministério da Agricultura os 426 aviões pulverizadores que o Rio Grande do Sul possui.

“A aviação agrícola é considerada mundialmente uma das principais armas no combate a nuvens de gafanhotos”, disse em nota o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle.

Em Alegrete o empresário Marcos Camargo é uma das mais equipadas empresas de viação agrícolas no estado. O primeiro vôo feito foi no ano de 1947 em Pelotas quando uma nuvem de gafanhotos dizimou as plantações.

 

 

O engenheiro alegretense também esclarece que o fenômeno não tem nenhuma relação com os produtos agrotóxico e, tudo que for usado será avaliado para que não haja prejuízos ao meio ambiente.

Por conta da proximidade com a região fronteiriça do Brasil, o Ministério da Agricultura disse ter emitido alerta para as Superintendências Federais de Agricultura e aos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária. “(É necessário) medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região, em especial, no estado do Rio Grande do Sul, para a adoção eventual de medidas de controle da praga, caso esta nuvem chegue em território brasileiro”, disse o Mapa, em nota.

Leonardo lembrou que a previsão de chuva e frio é muito positiva para que a nuvem se dissipe e não atinja o Brasil.

Por outro lado o funcionário público aposentado, Edegar Lopes, falou com a reportagem para descrever o número de amigos que estão preocupados com a Pandemia e os gafanhotos. “Recebi ligações, da Dinamarca, Japão, Bélgica, EUA, entre outros. São amigos que estão acompanhando as notícias pelo PAT e estão preocupados com o que pode acontecer. “- disse Edegar.