
No últimos tempos se fala tanto em pandemia que “parou” o mundo por um tempo e mudaram as relações sociais e de trabalho. Agora uma outra pandemia preocupa as autoridades de saúde
Essa outra chaga da humanidade, a drogadição, afeta todos os locais e aqui em Alegrete não é diferente.
Ultimamente, famílias, comerciantes e pessoas da comunidade tem percebido o aumento de indivíduos drogados na cidade e, também as reações que apresentam quando estão em abstinência.
O dono de uma lanchonete, na General Vitorino, se diz apavorado com o número de pessoas que transitam de forma ansiosa para baixo e para cima pedindo dinheiro. O mesmo acontece na rua Gaspar Martins, próximo aos trilhos, onde pessoas dependentes químicas também têm reações até agressivas para poder compra a droga.
Em abstinência, ficam desesperados, e fazem qualquer coisa para conseguir dinheiro. -São doentes que precisam de ajuda, comentou uma dona de casa da Rua Gaspar Martins.
A Secretaria da Saúde já tem projetos de oferecer novos serviços para ajudar essas pessoas, informa a diretora do Serviço de Saúde Mental de Alegrete, psicóloga Nádia Miletto. Um será um local fora da cidade para acolher e acompanhar os dependente. É um modelo de saúde do Ministério da Saúde que mesmo a pessoa tendo casa, mas se estiver em situação de rua, devido a droga, poderá ir para ser acompanhada até se desintoxicar. Outra possibilidade que também já teve o aval do Prefeito é uma sala de estabilização dentro da UPA.
Em relação aos leitos psiquiátricos, em Alegrete, tem 20 disponíveis para toda a região. A Secretaria da Saúde espera a habilitação de mais 10 leitos, porque o objetivo é separar os doentes mentais das pessoas internadas, devido a drogadição, porque são situações bem diferentes, comentou Nádia Miletto. A internação em caso de dependência química dura de 15 a 21 dias.
Ela diz que com a pandemia aumentaram, significativamente, os atendimentos na Rede de Saúde Mental do Município, assim como a drogadição.
Vera Soares Pedroso