Surto de diarreia aguda registrado em vários municípios gaúchos não chegou em Alegrete

Com o aumento da temperatura, a exemplo desses últimos dias em Alegrete, não é apenas o comportamento das pessoas que se modifica. Também há efeitos em outros seres vivos. Nas bactérias, por exemplo.

Surto de diarreia aguda registrado em vários municípios gaúchos não chegou em Alegrete
Surto de diarreia aguda registrado em vários municípios gaúchos não chegou em Alegrete

Algumas bactérias se proliferam mais facilmente no calor. Por isso que o cuidado com a conservação de alguns alimentos como, carnes, peixes, frangos, ovos e outros deve ser redobrada, uma vez que podem rapidamente se deteriorarem, especialmente se não são mantidos em temperaturas adequadas.

As bactérias presentes se proliferam e o alimento “estraga” muito mais rápido. Alguns vírus também encontram facilidade para disseminar em temperaturas mais elevadas. Neste período, surge então as diarreias e os problemas mais frequentes gastrointestinais. A consequência é imediata: vômitos e diarreia. 

Em contato com a Diretora Técnica da Santa Casa e diretora da UTI Neonatal, Marilene Campagnolo, ela ratificou sobre a incidência maior dos casos de diarreias, entretanto ponderou que até o momento, aqui, não houve nada que pudesse preocupar em relação ao surto de diarreia aguda que está acontecendo no estado.

Tudo errado: motociclista sem CNH e com licenciamento atrasado, avança preferencial e provoca acidente

Ela informou que a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) se manifestou sobre os surtos de diarreia aguda que estão sendo registrados em alguns locais do Rio Grande do Sul.

Elaborada em conjunto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (Guia de Atualização. Diarreia Aguda: diagnóstico e tratamento 03/2017) e Secretaria Estadual da Saúde/CEVS é feito o alerta Epidemiológico e prestadas as orientações básicas à população sobre medidas preventivas e cuidados relacionados aos casos.

Os surtos de doença diarreica, em geral, são causados por vírus (rotavírus, adenovírus, norovírus, astrovírus, coronavírus). Atualmente em alguns Municípios são vários casos de surtos em escolas, creches, hospitais cuja etiologia é o Norovírus.

Alegrete: moradora entra em choque ao perder tudo em incêndio

A doença se caracteriza pelo aumento do número de evacuações com a alteração da consistência das fezes (3 ou mais episódios de fezes amolecidas ou líquidas em 24 horas), acompanhada ou não de vômitos, dor abdominal e febre.

Surto somente é caracterizado com dois ou mais casos com vínculo epidemiológico.

A transmissão usualmente se dá por consumo água ou alimentos contaminados, contato com superfícies contaminadas ou diretamente com pessoas doentes, a partir de secreções corporais. A transmissão é fecal-oral e pode acontecer através de alimentos ou utensílios compartilhados.

A evolução costuma ser autolimitada, com resolução do quadro clínico em poucos dias. O tratamento consiste em aumentar a reposição hídrica para evitar a desidratação, e repouso. Em casos mais graves ou com sintomas mais intensos, deve-se procurar avaliação em unidade de saúde. Há discussão sobre uso de Zinco e probióticos na diarreia aguda.

Cientista alegretense participa de estudo, com repercussão mundial, na luta contra obesidade
Recomendações para evitar surtos

– Ao identificar alunos ou trabalhadores com sintomas de DDA, realizar seu isolamento e encaminhá-los ao serviço de saúde;

– Somente utilizar água de fontes seguras (potável), tratadas, que tenham processo de desinfecção por cloro ou outra tecnologia. Se não há segurança da origem da água, pode-se fervê-la por 5 minutos antes de usar na alimentação. Gelo, apenas de água potável;

– A higiene das caixas dágua é recomendada a cada 6 meses;

– Higienizar frequentemente os ambientes de convívio;

– Pessoas com sintomas não devem manipular alimentos (devem ser afastadas do trabalho). A manipulação de alimentos e o uso de sanitários devem ser precedidos e procedidos pela lavagem das mãos;

– Os hortigranjeiros podem ser fervidos ou tratados com solução clorada (1 colher de sopa para 1 litro de água) e, após, lavados com água potável;

– Nas escolas e creches, especial cuidado na troca de fraldas, além da lavagem das mãos antes e depois do procedimento e limpeza do local onde houve a troca.

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários