Teremos professores no futuro?

A desvalorização dos professores brasileiros fez com que a carreira seja rejeitada pelos jovens.

Teremos professores no futuro?
Teremos professores no futuro?

Pesquisa feita pelo professor da Universidade de São Paulo, José Marcelino de Rezende Pinto, constatou que a maioria das pessoas que ingressam nos cursos de licenciatura prefere investir em outra área de atuação devido às condições da profissão. A pesquisa esclareceu também que não faltam pessoas capacitadas para lecionar, o que falta é admiração e valorização pelo docente.

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Brasil tornou-se o país no qual, ao passar do tempo, os ricos ficam mais ricos e os podres mais pobres. Por que quem ensina ganha menos que quem aprende? DE acordo com pesquisas: 37,6% dos jovens que gostariam de seguir a careira, 23,5% já desistiram e, é só questão de tempo para o resto desistir. Ao analisar a geração Z, percebe-se que os motivos por trás da falta de interesse por tornar-se professor são resumidos no salário baixo e na falta de respeito por parte da sociedade, inclusive pelos alunos e pais.

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“Fiz opção exclusivamente em função do salário. Na época, o salário de agente era mais do que o dobro do que eu ganhava como professor. Se não fosse o salário, jamais teria desistido da minha vocação. Jamais teria ido para a Polícia Civil, muito menos virado auditor fiscal. A minha vocação era continuar no magistério.”, contou Mário Pinto, ex-professor de escola pública.

De acordo com pesquisas, o acúmulo de trabalho sob os professores é um aviso para não seguir a profissão.

O acúmulo de disciplinas, alunos, turmas e cargas horárias não é de hoje, sempre causou desgaste físico e mental a todos os professores. Porém com a pandemia e o trabalho a distância, a sobrecarga dobrou e causou muitos danos a saúde psicológica dos docentes. Segundo a psicanalista Claudia Perrone, “Em qualquer profissão na qual não há o reconhecimento social e financeiro do seu valor e da sua importância, em que a pessoa se sente desvalorizada e desqualificada, esse é um fator importante de adoecimento. No caso dos professores, há uma desvalorização que é anterior à pandemia. Houveram situações que há anos atrás seriam impensáveis, como os professores serem agredidos em uma greve. Isso tem um peso enorme.”.

 “[…] Não temos nenhum suporte profissional ou alguma coisa que pudesse nos ajudar de alguma forma. A sensação que a gente tem é que o estado não está se importando se os professores estão bem ou não estão. […]”, relata a educadora Jane Mazzonetto.

Por: Geovanna Valério Lipa

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