Tia Dani, a conselheira tutelar recordista em mandatos, vai focar na prevenção

A advogada Daniela Soares Domingues Rodrigues, aos 44 anos, foi a quarta mais votada na última eleição ao Conselho Tutelar de Alegrete. Entretanto, será a mais nova conselheira entre o quinteto. Ela ingressou no órgão com 23 anos em 2003, e já acumula uma larga experiência.

Atribui sua reeleição e permanência para o seu 6º mandato no trabalho feito e competência no cargo que segue as diretrizes do Estatuto da Criança e Adolescente. A filha do casal Aldemar Domingues (Bahia) e Nelza Mariza, é casada com Cláudio Ferreira Rodrigues. Mãe dos gêmeos Saulo e Théo, ela divide as tarefas do lar com a função de conselheira tutelar.

A entrevista na redação do PAT, três dias depois de eleita, coincide com seu segundo plantão. Ela iniciou a última segunda-feira já plantonista do dia. Daniela diz que na pandemia o trabalho diminuiu, mas não cessou. “Os casos continuaram ocorrendo e agora temos uma demanda ainda maior para atender”, revela a conselheira.

“Desaposentado”, Arnaldo não buscou a justiça, voltou ao trabalho feliz da vida

De atuação mais preventiva, Tia Dani como é chamada em seus rotineiros atendimentos, diz que gosta de conversas com adolescentes. Entre sua atuação na prevenção, destaca que em uma palestra num polo educacional do município, descobriu um caso de estupro de uma menina abusada pelo padastro. O caso teve celeridade graças a ação da conselheira que ouviu a menina pós palestra e elucidou o crime, inclusive com provas materiais, apresentadas pela vítima.

Alegretense acalentou por 41 anos o sonho de conhecer sua terra: “foi emocionante “, disse

A conselheira não titubeia em afirmar que a família é a base de tudo. Os problemas familiares, o ambiente reflete de forma negativa nas crianças, garante a profissional. O orgulho em ser conselheira está nas palavras, revela que sofreu na pele, a situação de vulnerabilidade e tudo que passou moldou uma conselheira tutelar experiente. O nascimento dos filhos mudou o olhar para os casos e a conversa na comunidade fazem de Tia Dani, uma conselheira atenta aos anseios da comunidade.

Reitera que o conselho não é um órgão fiscalizador, embora esteja permanentemente atuante. O trabalho é encaminhar para rede de proteção. Daniela agradece a comunidade pela confiança no trabalho. Revela que foi a única eleição que não contou com o pai, como fiel cabo eleitoral. Procurou amigos e parceiros, que depositaram crédito, na trajetória da advogada no Conselho Tutelar de Alegrete.

Idosa atropelada não resiste aos ferimentos e morre na Santa Casa de Alegrete

“Ser conselheira tutelar é tarefa árdua, que te limita em cumprir a lei em defesa das crianças e dos adolescentes. A experiência somada ainda com sonhos me encoraja a seguir, pois ainda tenho muito a contribuir na formação de vidas”, pontua Tia Dani.

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários